ANDRÉ SILVA
Um biólogo e uma relações públicas casados há mais de 20 anos decidiram há oito começar um hobby um tanto diferente: colecionam cactos. Já são mais de 50 espécies na coleção, algumas muito raras. Eles comercializam as plantas pela internet e a maioria dos clientes não é do Amapá.
Volmir, de 51 anos, e Líliam Zanini, de 50 anos, começaram com apenas quatro cactos. Ele conta que nas viagens que fazia a trabalho acabou comprando outras espécies. A maioria das plantas é de fora do estado por encomenda (casal pode ser encontrado no Facebook, Líliam Zanini).
Agaves, aloés, díquias, bromélias, palmeiras de Madagascar, ‘cacto monstruoso’, ‘cacto parafuso’, ‘cacto cérebro’, cactos do Japão, ‘vovozinho’, ‘rabo de macaco’ e ‘banco de sogra’ são alguns dos exemplares que fazem parte da coleção do casal. São plantas incrivelmente lindas e exóticas, para quem gosta o local é como um paraíso.
Além dos cactos eles também cultivam ‘suculentas’ que são espécies que acumulam bastante água como o cacto, mas não têm espinhos.
“Geralmente nos lugares que você encontra cacto também corre o risco de encontrar uma suculenta”, conta Volmir.
Outra curiosidade é a combinação das espécies como a comumente conhecida por ‘espada de São Jorge’, as ‘Sanseverias’. As variações surgiram por meio de cruzamentos realizados na Tailândia e se orgulham de dizer que algumas só existem no viveiro do casal.
“Colecionar cactos no Norte tem suas vantagens e desvantagens. No verão eles aguentam muito bem, mas quando chega o inverno, muitos morrem por conta do clima”, explica Volmir. Segundo ele, existem cactos que vivem mais de 40 anos.
Líliam conhece todas as espécies que compõem seu jardim e fala de cada uma de uma forma especial.
“Você sabe que eu decorei esses nomes em pouco tempo?”, pergunta com orgulho.
Eles fazem parte de grupos nas redes sociais que têm o mesmo hobby. Líliam conta que ajudou a catalogar mais de cem espécies de cactos para um amigo, o que lhe rendeu algumas que ainda não havia na coleção.
“Esse amigo me perguntou quanto eu queria. Havia uma espécie que eu queria muito, ele disse que iria mandar para mim. Era uma eufórbia. Quatro dias depois chegou uma encomenda”, lembra Líliam, sorridente.
Eles negociam espécies vindas de outros países. Tem espécies vindas da Alemanha e Argentina, eles criam matrizes que são negociadas por todo Brasil. Algumas espécies chegam a custar mais de R$ 1 mil.
“Tem gente que compra”, brincam.
Quando os cactos florescem, é um show. Veja as fotos abaixo.