ANDRÉ SILVA
“Sem necessidade”, queixa-se um mototaxista sobre o número de semáforos em determinadas ruas e avenidas de Macapá. Em alguns pontos da cidade a distância entre um e outro é de apenas um quarteirão, o que visivelmente torna o trânsito mais lento. Contudo, a Companhia de Trânsito e Transportes de Macapá (CTMac) defende que os semáforos são necessários para a segurança e fluidez do trânsito.
Nos últimos meses o número de semáforos explodiu. A maioria ainda não foi colocada em funcionamento. Em alguns pontos percebe-se a necessidade, já em outros, nem tanto. Um exemplo fica no cruzamento da Rua Guanabara com a Avenida Amazonas no Bairro do Pacoval, onde a distância de um quarteirão separa os dois equipamentos.
O mesmo vai ocorrer em breve na Avenida Padre Júlio Maria, entre as ruas Manoel Eudóxio e Professor Tostes. Quando o novo conjunto for ligado, serão 4 semáforos em menos de 1 quilômetro.
Outros que também chamam a atenção são os que estão instalados na Rua Jovino Dinoá, na esquina da Avenida Mendonça Furtado, e um outro na Avenida Presidente Vargas bem na próxima esquina.
Na Rua Hildemar Maia existe um na Avenida Pedro Lazarino o outro na 13 de Setembro, um quarteirão de espaço.
Sem falar em outros que estão sendo instalados, como o que fica na Rua Santos Dumont com a Avenida Maria Quitéria, próximo ao Cemitério São José, no Bairro Santa Rita. Os motoristas se queixam dizendo que, para uma cidade com pouco mais de 450 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não haveria necessidade de tantos semáforos.
“A gente entra em um e quando pensa que não, vem o outro. O pior é que eles não são sincronizados e se fossem, facilitariam mais a nossa vida. O que precisa é de mais fiscalização e não de semáforos”, reclamou o mototaxista Ivaldo Miranda.
Além disso, em locais críticos não existem semáforos, como na Avenida Diógenes Silva com a Rua Jovino Dinoá.
Outro problema são as faixas de pedestres que ficam próximas de alguns semáforos. Em alguns pontos elas estão tão apagadas que dificilmente podem ser vistas. Tem aquelas que nem existem mais, como a que fica no cruzamento da Avenida Ernestino Borges com a Eliezer Levi, no Bairro do Laguinho.
Na mesma avenida, agora na esquina com a General Rondon, próximo ao prédio da Previdência Social, também no Laguinho, já não é possível ver a faixa.
“Eu passo por aqui todos os dias e tenho dificuldades para atravessar. Tem muito motorista que não respeita a distância segura. Tem uns que param bem no canto e pra atravessar, temos que dar a volta no carro. Uma falta de educação só”, protesta a servidora pública aposentada Emília Sousa, de 65 anos.
São 25 novos semáforos que estão sendo instalados na cidade, aumentando para 130 em toda a cidade. O diretor de trânsito da CTMac, Jaguarece Gemáque, disse que com a instalação dos aparelhos a quantidade de acidentes vem reduzindo na cidade.
“Quando o motorista, costumeiramente trafega pela preferencial, evidentemente ele vai estranhar o semáforo porque ele tem uma possibilidade de parada. Mas para o motorista que cruza aquela via, ele vai agradecer o semáforo porque agora ele já consegue atravessar com segurança. Esse é um assunto que divide opiniões, mas em todos esses cruzamentos foi feito um estudo prévio e se observou a necessidade”, explicou Jagrarece.