CÁSSIA LIMA
Pelo menos 10 pessoas estão envolvidas na depredação de duas viaturas da Companhia de Trânsito de Macapá (CTMac), ocorrida por volta das 7h da manhã dessa quinta-feira, 21, no Bairro do Araxá. O ataque aos carros buscava intimidar a fiscalização sobre clandestinos, avaliou a companhia.
Tudo começou quando dois carros da companhia faziam fiscalização no bairro e abordaram uma moto supostamente clandestina. Após ser constatado que o veículo estava irregular, a moto foi apreendida, o mototaxista prestou esclarecimentos e depois foi liberado. A ação foi toda filmada por câmeras de segurança de um ponto comercial.
“Ele atravessou a rua e fez ligações e as viaturas ficaram aguardando o guincho. Minutos depois chegaram outros mototaxistas com a camisa da GDA (Galera do Araxá, um grupo de clandestino organizado). Eles chegaram com paus e pedras depredando os carros. Nossos agentes com medo saíram dos veículos e ficaram acompanhando tudo”, relatou o diretor de Transporte da CTMac, Edson Alves.
A cena durou pouco mais de 10 minutos, até a chegada da Unidade de Policiamento Comunitária do Araxá ao local. Os mototaxistas subiram nas motos e foram embora. Ninguém foi preso. Essa é a segunda vez esse ano que um dos quatro carros de fiscalização da CTMac é alvo de violência.
“A CTMac cumpre uma Ação Civil Pública de fiscalização sobre clandestinos. Se era pra intimidar, não deu certo. Nossa fiscalização continua e isso não vai nos parar. Já sabemos que são clandestinos e vamos intensificar nossa estratégia, e dar mais segurança ao nosso agente”, destacou a diretora da companhia, Cristina Baddini.
Os dois veículos, modelo Siena, tem prejuízo estimado em R$ 10 mil. Eles fazem parte da frota de fiscalização da CTMac que conta com 4 motos, 4 carros adesivados e outros carros descaracterizados.
O caso já foi registrado na delegacia e será apurado pela Polícia Civil. Em paralelo, a presidente da Companhia agendou reuniões com o secretário de Justiça e Segurança Pública, Gastão Calandrini, e com o comandante geral da PM, coronel Carlos Sousa. O objetivo é dialogar pedindo segurança aos agentes de trânsito e se pensar em novas estratégias para bairros periféricos.