CÁSSIA LIMA
O Comando Geral da Polícia Militar entregou na manhã dessa quinta-feira, 7, quatro viaturas e 20 armas sparks, armas de choque com menor potencial ofensivo, para batalhões do policiamento escolar da Zona Sul. De acordo com dados policiais, só no primeiro semestre de 2016 foram apreendidas 52 armas brancas, dois simulacros e algumas quantidades de drogas nas mais de 150 escolas da Zona Sul de Macapá.
“O uso das armas sparks é necessário, já que a violência entrou nas escolas de uma maneira muito dramática. E esse é o pouco que podemos fazer. Então, a partir de hoje temos o homem preparado, armado, treinado e principalmente, com uma arma de menor potencial para ser usada em escolas”, assegurou o comandante geral da PM, coronel Carlos Souza.
O policiamento escolar auxilia na segurança dos professores e alunos, além de dar palestras e promover ações de conscientização para a comunidade escolar. A diretora da escola Cecília Pinto, localizada no Bairro Muca, Ângela Pantoja, garante que o ambiente escolar melhorou após o acompanhamento da polícia.
“Temos apoio total da PM desde 2015. De lá pra cá os índices de brigas, roubos e furtos diminuíram 90%. Esse material é de grande importância já que teremos mais segurança e garantia de um trabalho melhor”.
Com a entrega das armas não-letais, a polícia espera agir com mais celeridade em casos de agressões nas escolas, como a ocorrida no dia 13 de maio na escola Sebastiana Lenir, no Buritizal. Um aluno zangado com a notícia de transferência agrediu o sargento Lucivaldo de Souza. Se a situação tivesse ocorrido hoje, as armas poderiam ser usadas para imobilizar o aluno.
“Eu pedi para ele sair da escola e ele ficou zangado e saltou em cima de mim e desferiu socos. Não pude revidar, então outros policiais ajudaram a imobilizar o aluno com a força. Isso nunca tinha acontecido nos meus 14 anos na corporação. Aquilo foi um fato isolado”, comentou o sargento.
Hoje o policial já retornou ao trabalho na mesma escola. O aluno foi transferido. O caso está sendo apurado por meio de uma sindicância na Corregedoria da PM, além de um processo na justiça comum.