CÁSSIA LIMA
Com o objetivo de incentivar a população masculina a ter acesso aos serviços de saúde, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) promoveu na manhã dessa sexta-feira, 15, no auditório do Ministério Público, o II Seminário Estadual de Saúde do Homem com o tema: “Homem que é homem também se cuida”.
A ideia da programação no Dia do Homem é incentivar os homens a procurar a atenção básica como forma de prevenção, e não apenas em casos inadiáveis. A proposta desse segundo seminário é enfatizar que as doenças do sexo masculino são um problema de saúde pública.
“Os homens não fazem check-up, não se consultam anualmente e muitas vezes tratam o tema com tabu, como é o caso do exame de próstata. Os homens que mais bebem e mais fumam. O objetivo é mostrar que a saúde tem que ser prioridade”, destacou o coordenador estadual de Saúde do Homem da Sesa, Roosevelt Pureza.
Segundo dados do Sistema de Notificação de Agravos e Notificação (Sinan), a cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. De acordo com o Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre agosto de 2009 e julho de 2010 foram contabilizados no Brasil 1.034.418 óbitos, sendo 591.252 para o sexo masculino e 443,166 para o feminino.
“Os homens vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm mais doenças do coração, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevada, são a maioria em vítimas de acidentes, violência e outros problemas de saúde. Essa realidade precisa mudar”, pontuou o coordenador nacional de Saúde do Homem do Ministério da Saúde, Francisco Silva.
As informações do Ministério da Saúde confirmam que os valores elevados de registro de óbito do sexo masculino são maiores em grupos de 15 a 19, 20 a 24 e 25 a 29 anos de idade, e são decorrentes dos óbitos por causas externas ou violentas, como homicídios e acidentes de trânsito, que atingem com maior intensidade a população masculina.