CÁSSIA LIMA
Apesar da pouca mobilização, os servidores do Estado realizaram um ato de repúdio na manhã dessa terça-feira, 19, na Praça da Bandeira, contra o não pagamento da antecipação da primeira parcela do 13º salário. Os trabalhadores alegam que o governo não teria cumprido com acordo.
Segundo a União Sindical dos Trabalhadores, 34 classes foram convocadas para o ato, mas poucas compareceram. Para o presidente da Associação dos Militares do Estado do Amapá (Asmeap), capitão Álvaro Correa Júnior, acabou o prazo de “enrolação” do governo.
“Não temos data-base e nem pagamento ou previsão do 13º. Reunimos diversas vezes com secretários, com o governador e representantes, foi ‘um disse não me disse’, e nada foi feito. Não vamos esperar mais, vamos lutar”, destacou o capitão.
O ato contou com pouco mais de 50 manifestantes rotativos, apesar do movimento ter apoio do Sinsepeap, poucos professores participaram. Os servidores pedem mais infraestrutura e cumprimento de acordo do governo, como o pagamento do 13º e cortes na folha dos contratos do Estado.
Segundo o presidente do Sindicato dos Engenheiros do Amapá (Senge-AP), Fernado dos Santos, o Estado não tem dado exemplo de cortes em meio à crise.
“O governo não tem adotado medidas ou atitudes que sejam convenientes com essa época de crise. No setor técnico, foram contratados dois motoristas num lugar onde só trabalham técnicos e nem veículos temos. Só vemos a folha encher e nada do servidor ser pago”, criticou o presidente.
Os servidores e sindicatos informaram que irão avaliar o movimento e planejar o próximo passo. Mas, já foi divulgado uma reunião para o dia 28 de julho com o governo do Estado. A meta é definir uma data do pagamento da primeira parcela do 13º.