OLHO DE BOTO
Uma equipe do Samu foi obrigada a remover o corpo de um rapaz assassinado a tiros mesmo antes da chegada da perícia. A decisão foi tomada por que a equipe estava prestes a ser agredida pelos populares mesmo com a presença da Polícia Militar. O caso ocorreu no Bairro Universidade, zona sul de Macapá, no fim da noite de quarta-feira, 20.
Um rapaz de 16 anos foi assassinado com 3 tiros, sendo um deles na cabeça. O crime aconteceu por volta das 23h em uma área de pontes no fim da Avenida Alves Nobre.
De acordo com testemunhas, dois homens desceram de um HB20 preto e caminharam pelas passarelas de madeira até encontrar com a vítima.
Assim que localizaram o adolescente abriram fogo três vezes alvejando o rapaz que caiu já sem vida. Foram 2 tiros no tórax e um na cabeça.
Os elementos fugiram logo em seguida. Moradores chamaram uma ambulância, mas a equipe do Samu constatou o óbito assim que chegou.
“O solicitante informou que tinha sido apenas no abdômen, mas quando chegamos ao local o paciente já estava em óbito por três perfurações de arma de fogo, sendo uma na cabeça. Tentamos reanimá-lo, mas sem sucesso”, informou a médica Karoline Campos, do Samu.
Mesmo assim, a equipe decidiu remover o corpo para o Hospital de Emergência temendo a reação dos moradores.
“Nesses casos não é indicado que a gente remova o paciente do local. O correto é acionar a Politec para a perícia. Mas como havia a comoção pública e a cena era de periculosidade para a equipe mesmo com a presença da polícia, tivemos que fazer a remoção do paciente”, acrescentou a médica.
Uma equipe do 1º Batalhão da Polícia Militar do Amapá recebeu a descrição dos suspeitos do crime e por meio de indicações chegou à casa de um deles.
Foram presos Daniel Maylon Gadelha da Cruz, de 19 anos, o ‘Danielzinho’, e Fernando Amaral dos Santos, 19 anos, o ‘Palhaço’. Ambos já têm passagem pela polícia.
“Eles negam a autoria, mas duas testemunhas oculares afirmam que foram eles. Seria acerto de contas”, explicou a tenente Sônia Regina, do 1º BPM.
Os dois foram apresentados no Ciosp do Pacoval.