ANDRÉ SILVA
O número de casos de hepatite se mantém estável no Amapá. Não há muita diferença se comparado aos anos anteriores, mas ainda há a preocupação com a forma mais grave da doença, os tipos B e C.
A hepatite é uma doença silenciosa que ataca principalmente o fígado. Ela causa uma inflamação que se não for tratada pode levar a óbito. Geralmente os sintomas aparecem quando a doença está em estado avançado.
As variações do vírus podem ser A, B, C, D e E, esse último é mais frequente na África e na Ásia.
No Amapá, em 2014, os casos de hepatite B chegaram a 27, e 22 foram do tipo C. Já em 2015, o número de infectados com o tipo B permaneceu em 27, enquanto que do tipo C foram 29 casos.
“As hepatites B e C geralmente não apresentam sintomas e, por isso, o paciente pode levar anos para perceber que está doente. E quando apresentam, já está em uma fase avançada da doença, por isso a importância do teste rápido”, disse Floriano Pantoja, da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (CVS).
Preocupados em oferecer um acesso rápido à detecção da doença, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) anualmente promove a campanha de prevenção da hepatite e disponibiliza testes rápidos nas unidades de saúde em todo o estado.
“O teste dura menos de 20 minutos. De lá o paciente é encaminhado ao Centro de Referência de Doenças Tropicais (CRDT), que encaminha o exame para o Laboratório Central, o Lacen”, orienta Pantoja.
A hepatite B e C é transmitida por via sexual ou através de instrumentos perfuro cortantes contaminados como agulhas, tesouras, alicates de unha, canudos, cachimbos entre outros.
Os sintomas podem ser tontura ou ânsia de vômito, pele e os olhos amarelados (icterícia), urina escura e as fezes mais claras.