CÁSSIA LIMA
Na próxima terça-feira, 9, começa a funcionar a CPI que vai investigar a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). A comissão vai apurar nove denúncias, entre elas possíveis irregularidades nos empréstimos que antecederam o processo de federalização da CEA, em 2014.
A CPI foi aprovada pelos deputados no dia 29 de junho, antes do recesso parlamentar, e tem até a próxima terça para divulgar os nomes dos membros. Dois cargos já estão definidos. A relatoria ficará com o deputado Pedro Da Lua (PSC) e a presidência será do autor da proposta, deputado Augusto Aguiar (PMDB).
“Queremos fazer uma varredura na CEA. Desde o empréstimo do BNDES, dívidas da Eletronorte, os constantes desligamentos de energia, a rede precária e dívidas com terceirizadas. Vamos chamar a diretoria da Companhia para apresentar dados e documentos para essa Casa de Leis”, enfatizou o deputado Augusto Aguiar.
A ideia também é investigar o empréstimo com a Caixa Econômica Federal que ajudou na capitalização da empresa, verificar as condições da rede de distribuição de energia, cobranças indevidas, entre outras denúncias.
Apesar de não ter sido oficializado como relator, o deputado Pedro Da Lua diz que anseia pela responsabilidade, já que também sofre com o “desserviço” da CEA.
“Ontem mesmo eu estava em casa e a energia foi embora três vezes, eu moro no Centro. Agora imagina quem mora em bairros afastados que sofre mais com isso e a companhia não repõe as perdas. Quero apurar, se possível, como relator”, destacou Da Lua.
Os nomes de todos os membros da CPI devem ser divulgados até terça-feira. Então, a comissão terá 120 dias para concluir um relatório com perícia, documentos e depoimentos dos diretores da CEA e de outros órgãos.