SELES NAFES
A saída dos vigilantes das escolas estaduais deixou as escolas, que já eram alvos de criminosos, ainda mais vulneráveis. O governo do Amapá anunciou que não irá renovar contratos com as empresas de segurança por causa da crise, e a ordem é para que a Polícia Militar, já sobrecarregada, intensifique ainda mais o policiamento no entorno dos colégios, mas só isso não tem sido suficiente.
Só nas últimas 24 horas, duas escolas foram invadidas por ladrões na capital, a Escola Estadual José de Anchieta, no Bairro Santa Rita, e a Professora Deuzuite Cavalcante, no Bairro Perpétuo Socorro, onde os policiais tiveram sorte e conseguiram recuperar todos os objetos apreendidos.
Os policiais foram avisados por uma denúncia anônima onde estavam os produtos furtados da escola na madrugada de quinta-feira, 11. O informante indicou a casa exata. Ao chegar no local, os policiais encontraram uma ex-aluna da escola tomando conta de todo o material, que incluía televisores, computadores, equipamentos de som, aparelhos multimídia, botijões de gás e computadores.
A sala de flagrantes do Ciosp do Pacoval ficou tomada pelos objetos.
“Já sabemos que é uma quadrilha que vem se especializando em arrombar escolas, mas nós já temos pistas e a Polícia Civil também está investigando”, comentou o tenente Marcelo, comandante do Policiamento Escolar da Zona Sul.
Na Escola José de Anchieta o prejuízo foi menor. Os ladrões levaram apenas a bomba de água da escola, prejudicando o abastecimento em todo o colégio.
Até que a Secretaria de Educação do Estado conclua a licitação para instalar segurança eletrônica nas escolas, a PM vai precisar fazer trabalho de beija-flor em incêndio, já que se tratam de mais de 400 escolas.
Muitos colégios guardam patrimônios valiosos, especialmente por causa dos laboratórios de informática e centrais de ar.