Ex-mister acusado de matar carnavalesco é julgado no Amapá

Francisco das Chagas foi morto em maio de 2015. Amigos e familiares da vítima acompanham julgamento
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CÁSSIA LIMA

A 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Macapá iniciou por volta das 9h30min desta segunda-feira, 29, o julgamento do ex-mister Amapá, Sérgio Luiz Ribeiro da Silva, de 21 anos. Ele é acusado da morte do funcionário público e carnavalesco Francisco das Chagas Pereira Ferreira, 49 anos.

O júri iniciou com o plenário lotado. Amigos da vítima, acadêmicos de direito, jornalistas e curiosos acompanham o caso. O julgamento está sendo conduzido pelo juiz João Guilherme Lages e ouvirá 9 testemunhas, deixando o depoimento do réu por último.

Este é o primeiro julgamento do caso que estava marcado para a semana passada, mas foi remarcado devido a ausência de três testemunhas de defesa.

Auditório do fórum lotado de amigos, jornalistas e estudantes de direito

Auditório do fórum lotado de amigos, jornalistas e estudantes de direito

Francisco das Chagas

Francisco das Chagas foi morto em maio de 2015

“Esse é um julgamento complexo pela exposição do caso e pelas partes serem pessoas públicas.  Mas esperamos que ainda acabe hoje com a sentença do réu”, frisou o juiz Lages.

De acordo com a investigação do Ministério Público Estadual (MPE), Sérgio matou Chagas asfixiado no dia 31 de maio de 2015, por volta de meia noite, na residência da vítima, localizada no ramal CD Rural, na Rodovia JK.

O ex-mister é acusado de homicídio, furto de uma televisão da casa da vítima e ocultação de cadáver.  Ele chegou a confessar o crime na delegacia.

De acordo com a defesa, o crime ocorreu acidentalmente quando o réu, movido por desejos sexuais, aplicou uma ‘gravata’ na vítima.

Carnavalesco

Francisco das Chagas Pereira Ferreira, 49 anos, ou Chagas, como era conhecido pelos amigos, trabalhava há 20 anos como servidor administrativo do MPE. Ele também era fisioterapeuta concursado do Estado.

“Ele só pedia algo quando realmente não conseguia fazer sozinho. Geralmente ele fazia acontecer quando estava decidido. Mobilizava todo mundo para quadra da Maracatu da Favela [sua escola do coração] para sambar”, disse Sandro Macapá, amigo da vítima.

Chagas (à esquerda) e Sandro à direita

Chagas (à esquerda) e Sandro à direita

Chagas também era carnavalesco da Maracatu desde 2013, onde fez muitos amigos.  Seu corpo foi transladado para Fortaleza, onde a família mora.

Seles Nafes
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