Governo transfere gerência do Cram e Camuf para Secretaria da Mulher

Medida visa fortalecer a Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres
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CÁSSIA LIMA

O governo do Estado transferiu na manhã desta quarta-feira, 10, a gerência dos Centros de Referência em Atendimento à Mulher (Cram) e de Atendimento à Mulher e à Família (Camuf) da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) para a Secretaria Extraordinária de Políticas Pública paras as Mulheres (SEPM). A medida visa fortalecer a Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.

A cerimônia de transferência ocorreu no Palácio do Setentrião, no Centro, como parte das comemorações dos 10 anos da Lei Maria da Penha. De acordo com a secretária extraordinária de Política para as Mulheres, Silvanda Duarte, a mudança é necessária para melhorar o enfrentamento à violência.

Secretaria Silvanda

Silvandra Duarte, secretária de Políticas Públicas para as Mulheres: “será o mesmo funcionamento, só que agora com resposta direta”. Fotos: Cássia Lima

“Esse é um ato simbólico que só traz melhorias no diálogo e nas metas para o combate à violência contra a mulher. A transferência ajuda nas comunicações para as metas, diretrizes e combate. Será o mesmo funcionamento, só que agora com reposta direta para a Secretaria da Mulher”, explicou a secretária Silvanda.

De acordo com levantamento do Ministério Público do Amapá, em 2015 foram registrados 1.486 casos de violência doméstica contra mulheres em todo o Estado. Os dados demonstram que 68% das mulheres violentadas já sofreram algum tipo de humilhação, desrespeito ou agressão física, mesmo antes de denunciar a ocorrência na polícia pela primeira vez.

solenidade de Trsnferencia

Cerimônia de transferência faz parte das comemorações dos 10 anos da Lei Maria da Penha

Para a diretora do Cram de Macapá, Renata Aposto, a transferência de gerencia facilitará na ajuda mais imediata ao público feminino e fortalece a Rede de Enfrentamento.

“Semana passada uma mulher foi espancada pelo namorado. Conseguimos agir rápido pelo elo e comunicação entre esses órgãos. Esperamos que a resposta seja ainda mais rápida e que as mulheres se sintam cada vez mais seguras em nos procurar”, frisou a diretora.

Seles Nafes
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