CÁSSIA LIMA
Sem saída e com medo de assaltos no trabalho, professores da rede pública de ensino recolheram assinaturas no Centro de Macapá durante esta semana para um abaixo-assinado pedindo segurança nas escolas. O documento será encaminhado ao Ministério Público do Estado para providências.
O ato se concentrou na Praça da Bandeira e seguiu para o Palácio do Setentrião. Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap), a situação de trabalho é insustentável.
“Não tem como continuar essa calamidade. Todo dia o sindicato recebe denúncias de falta de infraestrutura e medo de assalto. Na escola Princesa Isabel levaram até as colheres. O Estado precisa dar assistência mínima. Nós corremos risco de morte no trabalho”, reclamou o presidente do Sinsepeap, Aroldo Rabelo.
Além da assinatura, o ato que também teve adesão de alguns vigilantes, pedia volta da merenda escolar, melhores condições de trabalho, repasse das verbas e uma melhor distribuição de vigilantes nas escolas.
“Nós temos medo de trabalhar. Saímos de casa sem saber se voltamos. Não podemos aceitar essa calamidade. A escola está ameaçada, os alunos e professores também. Não bastasse o parcelamento dos salários ainda temos que trabalhar com medo”, destacou a professora, Ivaneia Alves.
O documento busca reunir 5 mil assinaturas para ser protocolado no MP. A ideia é que o órgão cobre do Estado uma posição mais dura para o problema.
Vigilância
Cerca de 136 escolas do Estado estão sem vigilantes desde o dia 5 de agosto depois que o Estado decidiu não renovar os contratos com as empresas de segurança.
A assessoria da secretaria informou por meio de nota que a contratação da vigilância monitorada nos municípios de Macapá e Santana já está em andamento na Central de Licitações, e o processo deve ser concluído em três meses.