CÁSSIA LIMA
Alunos, professores e o corpo técnico da escola Mário Quirino, localizada na Avenida Claudomiro de Moraes, no Bairro do Novo Buritizal, prometem paralisar as aulas na escola devido à falta de merenda e o calor intenso. A escola que está em reforma há 4 anos e possui 20 centrais de ar instaladas, mas nenhuma funcionando.
O problema foi denunciado no site SELESNAFES.COM no dia 16 deste mês, mas até agora nenhuma providência concreta foi tomada. Segundo a direção da escola, o horário das aulas foi reduzido para 30 minutos por conta da falta de merenda escolar e o calor insuportável dentro das salas.
“Os alunos da tarde são os que mais sofrem com o calor. Existem centrais instaladas em toda a escola, inclusive na direção e secretária, mas todas estão paradas. Instalamos ventiladores de teto para amenizar o problema, mas mesmo assim o calor é grande”, destacou o diretor da escola, Carlos Alberto Pereira.
Nas salas de aula, os alunos reclamam do calor. As janelas de venezianas e os ventiladores de teto são a única forma de ventilação, o que não é suficiente para a demanda de quase 30 alunos por sala. À tarde a situação piora.
“Já é um calor infernal pela manhã, agora imagine você pela tarde. Que o sol bate na parede e escolhemos entre pegar sol e ter uma circulação de ar ou ficar sem vento no calor desumano”, reclamou a aluna, Janaína Martins.
A reforma da escola iniciou em 2014, assim como a obra da escola Gonçalves Dias, no Buritizal. Os dois colégios enfrentaram problemas parecidos. Mas uma situação foi resolvida e a outra não. De acordo com a Secretaria de Infraestrutura do Amapá (Seinf), o problema está na estrutura, especialmente, na parte elétrica.
“A obra está totalmente executada, o que falta é um cabo, uma ligação aqui e outra ali. São esses por menores que estão atrasando a obra. Tudo isso ainda não foi feito porque a empresa já solicitou uma medição (pagamento) para a Seinf, mas não fizemos”, explicou o secretário adjunto de infraestrutura, Marcos Jucá.
De acordo com o secretário, a Seinf compreende que a empresa tem direito há um reajuste no valor da obra que é antigo e ultrapassado. Porém, quer que ela cumpra a sua parte.
“Nós queremos que a empresa marque um dia para ligar as centrais e nós vamos pagar. Estamos em um diálogo há uma semana e esperamos resolver essa questão burocrática em, no máximo, 15 dias”, destacou Jucá.
Prazo: janeiro de 2017
A secretaria informou que assim que o processo for vencido, a escola ainda receberá nova pintura, placa de identificação e deve estar com tudo funcionando para janeiro de 2017.