CÁSSIA LIMA
A tradicional corda que puxa a berlinda com a imagem da Virgem Maria, no Círio de Nazaré, chegou à Macapá nesta quarta-feira, 28. Durante a procissão, a igreja católica orienta que os fiéis não levem nenhum tipo de instrumento cortante com o objetivo de obter um pedaço da corda, pois haverá no final do trajeto a distribuição de partes do objeto.
A corda mede 150 metros e não tem ligação direta com a santa, mas possui uma longa história que iniciou ainda no século passado quando começou a procissão. No Pará, já são mais de 200 anos de tradição e o primeiro círio em Macapá ocorreu no ano de 1934.
Na época, as ruas não eram asfaltadas e havia muita lama e barro. Em um dos primeiros círios, não se sabe a data exata, o carro que conduzia a santa atolou.
“Os guardas da santa, para resolver a situação, pegaram uma corda para ajudar a tirar da lama e no ano seguinte eles levaram novamente a corda para evitar esse transtorno. Desde então, os fieis começaram a segurar a corda e pagar promessa ali e se convencionou isso”, explicou o coordenador do círio em Macapá, padre Fábio.
Este ano, assim como nos quatro últimos anos, a corda foi confeccionada em São Paulo e chegou nesta manhã na Catedral São José, no Centro.
A corda é feita de sisal e foi doada por uma empresa de transportes da capital paulista. A coordenação da procissão estima a participação de 150 mil fiéis na procissão.
“Orientamos os fiéis a não levarem facas, primeiro porque a polícia vai fazer rondas. Segundo por se tratar de um evento cristão. Nós vamos distribuir pedaços da corda no final na Igreja São José”, assegurou o padre.
A procissão do círio de Nazaré acontece no domingo, dia 09 de outubro. Como de costume, haverá uma missa às 7h no Santuário da Nossa Senhora de Fátima, no Santa Rita, e a imagem da santa segue para a igreja de São José. A previsão de chegada da imagem é às 11h passando por um percurso de mais de 2km.