SELES NAFES
O tradicional debate realizado pela Universidade Federal do Amapá (Unifap) entre os candidatos que disputam as eleições precisou ser cancelado na noite desta terça-feira, 20, depois que estudantes invadiram o local para protestar. Sem segurança adequada, os candidatos foram obrigados a abandonar a universidade escoltados por seguranças e assessores.
O evento estava marcado para as 18h. Os estudantes invadiram a quadra esportiva durante o discurso de abertura da reitora Eliane Superti. Os alunos seguravam faixas protestando contra o voto obrigatório.
Não se sabe se a intenção da manifestação era impedir que o evento ocorresse. Um dos manifestantes avisava que o protesto era pacífico, mas o clima esquentou e por pouco não terminou em vias de fato.
Estavam presentes no debate os candidatos, Promotor Moisés (PEN), Aline Gurgel (PRB), Clécio Luis (REDE), Dora Nascimento (PT), Genival Cruz (PSTU) e Ruy Smith (PSB). Gilvan Borges (PMDB) não atendeu ao convite.
Os estudantes esticaram uma grande faixa na frente dos candidatos e houve um princípio de tumulto entre os manifestantes, assessores e militantes. Advogados da candidata Aline Gurgel bateram boca com alguns manifestantes. Assessores também tentaram arrancar as faixas das mãos de alguns estudantes.
Sem segurança adequada, os candidatos tiveram que sair sem debater nenhuma proposta. O evento previa que estudantes pudessem fazer perguntas.
O debate foi cancelado, e não deve ser marcada uma nova data, já que no próximo dia 25 a instituição entra em recesso.
A reitoria da universidade adiantou que vai abrir processo de expulsão dos alunos que estavam mais exaltados.
“Pouco mais de dez alunos tiraram o direito de 200 assistirem ao debate e fazerem perguntas. A gente pede desculpa aos candidatos porque infelizmente tem pessoas que não compreendem o valor da democracia. Esses estudantes não representam a comunidade universitária, os que representam são os que estavam lá participando efetivamente do evento. Vamos abrir um processo de expulsão por falta de urbanidade. Clocaram em risco os candidatos e outras pessoas, desrespeitando os alunos impondo a vontade deles”, criticou Superti.