ANDRÉ SILVA
A Feira de Ciências e Engenharia do Amapá, que começou na quarta-feira, 21, no Monumento do Marco Zero do Equador, em Macapá, reúne muitas novidades, mas a ‘batalha de robôs’ ainda é um dos grandes atrativos do evento que este ano conta com mais de 50 expositores inscritos do Amapá e de outros estados em 75 modalidades.
Como tema ‘A construção de Saberes no meio do mundo’, a feira iniciou esse ano com menos visitantes que no ano passado. Os projetos apresentados são de várias instituições de ensino do estado, como Instituto Federal do Amapá (Ifap), Senai, e escolas estaduais.
Um dos projetos que chama a atenção, tanto pela tecnologia envolvida quanto pela finalidade a que foi criado, é o Sistema Inteligente de Gerenciamento Modular de Água (S.I.G.M.A), projeto desenvolvido pelo aluno Luis Fernando, do Colégio Ari de Sá Cavalcante, da cidade de Fortaleza (CE).
O projeto visa a economia de água por meio de um sistema inteligente que regula a água a partir dos picos de uso das pessoas que moram em uma casa, por exemplo. O projeto foi vencedor em uma competição na Feira do Movimento Internacional de Lazer Ciência e Tecnologia, em Fortaleza.
“Diante do contexto de crise hídrica que se espalhou por grande parte do Sul e Sudeste e Centro Oeste do país, surgiu a necessidade de novas tecnologias que pudessem auxiliar as pessoas a economizar água. Sabemos que a proposta era um pouco vaga, por isso metemos a mão na massa. O projeto consiste em mudança de hábito. O sistema economiza a água sem que a pessoas percebam”, explicou o aluno.
Outro projeto muito providencial é o que utiliza os caroços de açaí normalmente descartados nas batedeiras. Segundo informações de alunos, mais de 6 toneladas do caroço são desperdiçadas no Estado por mês.
“Por meio de um processo que utiliza, além do caroço de açaí, goma de tapioca, e uma caixa tetra pak, nós compactamos o resíduo e os transformamos em tijolos que são utilizados como lenha, substituindo o carvão utilizado a partir do corte de árvores”, explicou a aluna do Sesi, Francisca Maciel de 14 anos.
Torneio de Robótica
Começou também a batalha de robôs. São mais de 50 competidores inscritos. No primeiro dia foram realizadas competições de nível elevado: resgate no plano e resgate de alto risco, os dois consistem em resgate de vítimas em locais de difícil acesso.
Outra competição é ‘o viagem ao centro da terra’, que consiste em uma atividade de busca do robô em cavernas e crateras do planeta.
“Hoje foram poucas atividades, mas, para os outros dias as competições começam a ficar mais difíceis”, explicou a professora e coordenadora das competições de robótica Deise Queiroz.