CÁSSIA LIMA
Cada Batalhão da Polícia Militar do Amapá apreende em média 50 veículos por mês, roubados ou furtados, entre carros, motos e caminhões. O número é alto para a realidade do Estado, e, apesar do esforço da polícia, os criminosos estão cada vez mais astutos. Por isso, a PM decidiu investir ainda mais na formação de policiais em técnicas de identificação veicular.
O primeiro curso do gênero no Estado, que iniciou dia 19, se estende até dia 24, e é ministrado pelo 3ª sargento Eder Murussi Leite, instrutor da Polícia Militar do Estado do Tocantins, e referência no Brasil em detecção de fraudes veiculares.
A proposta do curso é ensinar para os 24 militares do Batalhão de Operações Policiais (Bope), Batalhão de Policiamento de Trânsito (Bptran), Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual (BPRE) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), como detectar fraudes documentais em inspeções veiculares que possam resultar em recuperação de veículos que foram adulterados, roubados ou furtados.
“Vários veículos são roubados ou furtados de outros estados e trazidos para o Estado para serem vendidos por preços irrisórios. Existe uma rede de venda através do Jari para o estado do Pará. O que vamos fazer é estratégico e deve minimizar esse crime”, destacou o Tenente Hércules Lucena, do Bope, que já trabalha na identificação de fraudes.
Segundo o tenente, em 2016 houve um aumento de 40% nas apreensões de veículos roubados de outros estados no Amapá. O mais significativo é que esses veículos apreendidos foram comprados em Macapá por um valor 80% mais barato que o preço de mercado.
“As pessoas que vão comprar motos ou carros tem que ter muita cautela com esse valor abaixo do normal. Recomendamos que fiquem atentos a documentação do veículo e da empresa, porque comprar produtos roubados ou furtados é crime de receptação”, destacou Lucena.