ANDRÉ SILVA
O curso de Terrorismo, Antiterrorismo e Contraterrorismo, solicitado pelo comando do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBM) ao Laboratório de Relações Internacionais e Geopolíticas da Universidade Federal do Amapá (Unifap), discutiu ações para situações reais de ataques. Nesta quarta-feira, 19, o curso terminou com a participação de militares e agentes de segurança do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
O curso que iniciou na segunda-feira, 17, e encerrou discussão sobre uma situação hipotética de um atentado terrorista utilizando a Fortaleza de São José como cenário.
Um dos instrutores do curso, Tiago Luedy, professor de relações internacionais na Unifap, acredita que o curso traz a percepção da possibilidade de uma possível ameaça terrorista. Ele não considera o Estado como uma área prioritária para um ataque, mas é importante que os integrantes da segurança pública no Estado estejam preparados para uma situação extrema.
“Geralmente esse tipo de ação é reativa, ou seja, as forças de segurança esperam acontecer algo desse tipo para se preparar. Aqui nós estamos fazendo de forma pró ativa, nós já estamos nos preparando antes de acontecer”, argumenta o instrutor.
O tenente Antônio Chucre, do CBM-AP, disse que a possibilidade de um atentado no Estado é bem remota, mas analisadas sobre outras perspectivas, essa possibilidade passa a existir. Ele lembra que o Estado é banhado pelo maior rio de água doce do mundo que é muito utilizado como rota por navios de outros países.
“Acontece que temos falhas nas seguranças quanto à fiscalização que não é tão rigorosa quanto em outros países, e isso é um prato cheio para quem esta mal intencionado”, justifica o tenente.
Outro ponto destacado é que o Amapá faz fronteira com a Guiana Francesa, território ultramarino da França.
“Por sermos vizinhos da Guiana, estamos inseridos nesse contexto. A princípio pensamos que o brasileiro é um povo de paz, mas se analisarmos pela proximidade com a França, nós corremos esse risco”, destacou o tenente.
Os participantes do curso tiveram acesso aos aspectos conceituais do terrorismo, o que ele é, e que tipo de ameaça representa para o mundo contemporâneo, além dos principais grupos no mundo, a forma como eles operam, e de que forma a instituição que está operando em uma missão desta natureza deve se comportar e agir. No total, a formação conto com 17 participantes, entre soldados, sargentos, subtenentes, aspirantes a oficial, tenentes e um capitão.