Delegada diz que acusado de matar ex-esposa pretendia fugir para a Guiana

A titular da DECCM, Clívia Valente, afirma não existirem dúvidas sobre a autoria do homicídio. Acusado fazia ameaças
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OLHO DE BOTO

A titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM) no Amapá, Clívia Valente, falou sobre a prisão do lavador de carros Aldo Guedes Barbosa Júnior, de 33 anos, ocorrida nesta quarta-feira, 5. Segundo ela, o acusado de matar a ex-esposa estava se preparando para fugir do Amapá. O destino era Caiena, na Guiana Francesa.

“Ele informou um endereço domiciliar falso, e passamos a monitorá-lo. Parentes da vítima relataram que estavam sendo ameaçados por ele. Eram ameaças constantes. Repassamos isso ao juiz e a prisão foi decretada até como garantia da ordem pública”, explicou a delegada.

Apesar de ter ficado em silêncio no primeiro depoimento que deu à polícia logo após o crime, o lavador de carro foi indiciado por outra delegada que investiga o caso.

Aldo Guedes é levado para o Iapen. Fotos: Olho de Boto

Aldo Guedes é levado para o Iapen. Fotos: Olho de Boto

“Não temos dúvida de que ele foi o autor do homicídio. A delegada Eliana fez o indiciamento dele por homicídio qualificado, feminicídio. Ele confessou a outras pessoas, logo após o crime, que esfaqueou a vítima e não sabia se ela ainda estava viva”, comentou Clívia Valente.

“Ele abordou ela em via pública e levou para o kitnet numa tentativa de reconciliação. Eles estavam separados há 3 meses. Quando ela procurou a delegacia em agosto estava muito ferida”, acrescentou Clívia Valente.  

Aldo Guedes Júnior foi preso por volta das 6h desta quarta-feira, 5, no sítio de um irmão no município de Ferreira Gomes, a 135 quilômetros de Macapá.

Lavador na DECCM: ameaças

Lavador na DECCM: ameaças

A prisão preventiva dele tinha sido decretada no último dia 26, mas a legislação eleitoral veda prisões que não sejam flagrantes nesse período e até 48 horas depois do pleito. Os agentes da DECCM estavam monitorando os passos do acusado durante todo esse tempo.   

O inquérito contra o lavador de carros já foi concluído e será encaminhado ao Ministério Público do Estado, que poderá ou não ofertar denúncia.

Seles Nafes
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