CÁSSIA LIMA
Reivindicando melhores condições de ensino e estrutura, alunos da rede pública estadual realizaram protesto em frente ao Palácio do Setentrião na manhã desta sexta-feira, 28, no Centro de Macapá. Os estudantes exigiam uma reunião com o governador.
O ato organizado por alunos reuniu estudantes de 40 escolas do Estado e teve apoio do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá (Sinsepeap).
O movimento, organizado pelas redes sociais, iniciou na Praça da Bandeira e depois seguiu para a sede estadual do governo. Os estudantes ocuparam a Rua General Rondon e o perímetro foi fechado pela Polícia Militar e Guarda Civil Municipal.
“Esse ato unificado é contra todos os maus tratos que a educação amapaense vem sofrendo nos últimos meses. A gente sempre estudou na precarização, mas nesse momento a situação tá insustentável porque se encontra deplorável. A gente não aguenta mais”, reclamou o estudante da Escola José Firmo do Nascimento (Antigo Castelo Branco), Daniel Silva Lima, de 19 anos.
A reivindicação dos alunos tem como pautas a segurança das escolas públicas do Estado, merenda escolar, falta de professores e material, além da contrariedade a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241.
“Tudo que estamos reivindicando é constitucional e nosso por direito. Queremos segurança e merenda de qualidade, escolas reformadas e somos contra a PEC 241, que não favorece estudantes e nem o ensino público”, defendeu a aluna da Escola Estadual Gabriel de Almeida Café, Ane Caroline Oliveira, de 17 anos.
Segundo os alunos, as escolas estão sem infraestrutura mínima como ventiladores, merenda e quadra poliesportiva. Para eles a situação é precária em todas as escolas, mas principalmente escolas da periferia que são muitas vezes esquecidas.
“Nós, principalmente do terceiro ano, estamos abandonados. Não temos apoio da escola para o Enem e nem projetos porque a escola não tem dinheiro nem pra se manter. Estamos tendo aula normal mesmo sem merenda. É um desamparo só”, reclamou o estudante Dylan Cavalcante, de 19 anos.
No fim da manhã os estudantes conseguiram agendar uma reunião com o governador para a tarde. De do com a organização do ato, uma pauta de todas as escolas será levada para a conversa.