ANDRÉ SILVA
Cerca de 100 índios de quatro etnias ocupam o prédio do Distrito Sanitário Indígena (Dsei), na Zona Sul de Macapá, desde terça-feira, 18. Eles pedem a saída da atual coordenadora e reivindicam o retorno do atendimento dos profissionais nas aldeias.
Os manifestantes de dez aldeias de Pedra Branca do Amapari e Oiapoque bloquearam a porta de entrada do prédio com arcos e flechas e impedem a entrada dos funcionários. De acordo com os índios, enquanto as demandas não forem atendidas, não há desocupação do local. No primeiro dia do movimento, uma reunião entre a Fundação Nacional do Índio (Funai), Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal e lideranças dos movimentos indígenas acabou sem um acordo.
Foram colados cartazes em frente ao prédio com as principais dificuldades enfrentadas que vão desde falta de profissionais de saúde até o combustível para o avião que faz o transporte para a cidade.
“Falta medicação e o transporte para trazer paciente para a cidade. Há muito tempo nós não somos atendidos e estamos morrendo pela falta de medicamentos”, afirmou Ubirajara, da etnia Tirió.
Eles reclamam ainda que nem as campanhas de vacinação estão chegando até as aldeias.
“A vacina não está indo pra área. Não está chegando vacina lá. As condições estão precárias. Queremos a exoneração dela (coordenadora). Eles não estão respeitando nossos direitos” finalizou o índio.
Tentamos contato com a diretora do Dsei Vanderbilde Marques mas ela não quis se pronunciar sobre o assunto.
Foto destaque: Jociel Pantoja