VALDEÍ BALIEIRO
Professores e alunos da Escola Estadual Elizabeth Picanço Esteves, localizada no município de Santana, fizeram um protesto, na manhã desta quinta-feira (13), contra a situação em que a unidade de ensino se encontra. Os problemas vão desde a falta de merenda até a casos de vandalismo.
O professor e organizador do protesto, Edy Carvalho, contou que os professores se sentem inseguros para trabalhar e percebem que o rendimento dos alunos tem caído cada vez mais.
“Estamos aqui porque chegamos no nosso limite. Fomos abandonados por quem prometeu cuidar das pessoas. Nossa escola está no completo descaso. Não confiamos nesse governo que prometeu priorizar a educação e não faz isso com nenhuma outra área”, desabafou Edy.
O professor ainda relatou que a escola foi invadida seis vezes esse ano e que na última vez, no domingo, os bandidos deixaram os ventiladores com as palhetas tortas, impedindo que funcionem.
“Saquearam seis vezes nossa escola e ainda cometeram vandalismo. Hoje, com a falta de merenda, insegurança e ambiente de sala de aula quente, os alunos são obrigados a sair cedo e isso é ruim porque compromete o rendimento dos mesmos”, ressaltou o educador.
Insegurança desistimula alunos de ir à escola
A também professora Maria Ilsilene, disse que a insegurança é um dos principais fatores para que, não somente os alunos, mas todos da escola acabem não desejando ir trabalhar.
“Sala de aula quente, falta de merenda e insegurança são motivos para muitos alunos acabarem desejando não ir à escola. Nós professores acabamos sem saber o que fazer, pois já fomos atrás da Seed (Secretaria de Estado da Educação) e a única coisa que nos falam é que vão instalar câmeras de segurança. Não precisamos disso porque a escola já teve. Precisamos de agentes de segurança. Vigilantes para tomar conta do patrimônio e manter a segurança dos alunos “, disse a professora.
O estudante Ramon Rodrigues, do ensino médio da escola, desabafa dizendo que é um absurdo que os alunos fiquem fora da sala de aula por falta do básico que deveria ser oferecido.
O professor Edy Carvalho disse que um documento foi encaminhado ao Ministério Público Estadual pedindo que o governo faça algo de imediato para que os alunos não sejam prejudicados nos estudos.