VALDEÍ BALIEIRO
O terminal hidroviário para o transporte de pessoas e mercadorias em Santana, localizado a 17 quilômetros de Macapá, também conhecido por “Porto do Grego”, é um dos mais movimentados do Estado. Mensalmente, cerca de 20 mil pessoas utilizam o porto para embarque e desembarque.
“Como todo dia tem barco, no período de férias esse porto chega a ficar lotado de gente”, disse Raimundo Sanches, que trabalha como agente de viagem aquaviária.
Ainda segundo Sanches, aproximadamente 10 empresas de navegação operam no Porto do Grego e 12 agências de viagens atuam no local, mas apenas 4 são legalizadas. As demais atuam de forma clandestina.
O preço das passagens chega a custar R$ 250, diz o representante. O menor valor cobrado é R$ 80.
“Bom, quanto às passagens, vivemos nessa questão, quando a procura aumenta, óbvio que a passagem também, então quando a procura é menor as agências de viagens acabam fazendo promoções.”, completou.
Trabalhar na tranquilidade do rio
Airton Flexa, de 25 anos, mora no município de Ananindeua, no Pará, mas diz que ama trabalhar como carregador porque a vista do rio Amazonas o tranquiliza, além de ganhar pelo serviço prestado. Ele permitiu que fosse tirada apenas uma foto sua, a que carrega uma mercadoria, sem identificar seu rosto.
“Não sou daqui do Amapá, mas já vim tantas vezes que já me considero um amapaense. Porém, já trabalho há 8 anos como carregador de carga nos barcos que trazem pessoas e mercadorias das ilhas do Pará e de Belém e o que posso dizer é que viajar por entre esses rios é muito bom.”, falou o trabalhador.
Nas embarcações enquanto esperam o início da viagem, as pessoas começam a montar suas redes nos devidos lugares e dividem os espaços. Várias famílias utilizam o transporte mensalmente.
O porto para alguns é um lugar de passagem, para sair ou para chegar no Amapá. Para outros como o carregador Airton, é lugar de oportunidade de trabalho e lugar para também se sentir um pouco amapaense.