ANDRÉ SILVA
Com mais de 20 anos de fundação, a farmácia de produtos Fitoterápicos do Instituto de Pesquisas Cientificas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), fabrica 36 tipos de produtos entre medicamentos e cosméticos.
Depois de passar mais de um ano fechada, ela reabriu em junho deste ano trazendo novidades para a comunidade.
A farmácia surgiu como uma vitrine para a exposição das pesquisas que o instituto realiza com plantas medicinais já usadas tradicionalmente por pessoas da região amazônica. Os medicamentos são 100% naturais porque são extraídos de plantas tipicamente amazônica e de uso milenar.
Novidade
A grande novidade é o Sabonete de Jucá, utilizado na cicatrização de feridas e tem como público alvo as pessoas que sofrem do chamado ‘pé diabético’. Além do sabonete, os usuários podem encontrar loção, xampu, xarope e pomadas.
“Esse sabonete favorece muito o processo de cicatrização de pessoas que sofrem lesões como pé diabético. Antes, nós usávamos o gel e consideramos que esse sabonete foi um grande avanço”, considera gerente de controle de qualidade da farmácia, Maurício Souza.
Dificuldades para ampliação do mercado
O lugar passa por dificuldades para alcançar outros mercados, mesmo com os produtos extraídos da Amazônia tendo um grande valor econômico agregado. O processo de registro em agências reguladoras que fornecem licença de comercialização para outros estados ainda caminha a passos curtos e requer muitos recursos. Algo em torno de R$1 milhão como explicou o gerente.
“A legislação para medicamentos fitoterápicos é muito complicada. Nossos produtos já são utilizados há mais tempo que a própria Agencia de Vigilância Sanitária. No decorrer desse anos, nós estamos lutando para conseguir enquadrar nossos produtos em uma das classes que a agência preconiza. Ela criou uma nomenclatura para abranger os nossos produtos que são classificados como medicamentos fitoterápicos tradicionais”, explica Maurício Souza.
Muitas pessoas chegam a procurar o local em busca de uma maior quantidade do produto, mas deixam de levar porque a regra é que cada usuário leve apenas duas unidades do medicamento, respeitando a orientação médica.
Existem projetos para levar os produtos para outra regiões do estado, mas o Iepa não dispõe de recursos para isso.
“Nosso objetivo é fortalecer a farmácia. Queremos nos tornar uma referência no estado primeiramente. Pensamos em expandir e levar os produtos para outros municípios, mas não dispomos de recursos”, argumentou o gerente.
A farmácia produz mais de três mil unidades por mês e está aberta de segunda a sexta-feira, de 8h às 13h.