Com mais dois furtos em escolas, Seed confirma monitoramento para janeiro

Sistema de segurança está previsto para ser implementado a partir de 2017. Processo de licitação está em andamento, de acordo com a Secretaria de Educação
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CÁSSIA LIMA

Professores e alunos não sabem mais a quem recorrer quando o assunto é arrombamentos em escolas públicas no Amapá. Mais duas escolas foram furtadas neste fim de semana em Macapá. Os alunos suplicam providências.

Na Escola Estadual Coelho Neto, no Bairro do Buritizal, os bandidos arrombaram a porta da diretoria e reviraram armários para encontrar o molho de chaves das portas. Após isso, eles abriram diversas salas e levaram caixas de som e computadores da sala de informática.

Impressora foi deixada no caminho pelos bandidos. Fotos:

Impressora foi deixada no caminho pelos bandidos. Fotos:

Levaram também todos os equipamentos da rádio escolar que havia sido comprado por meio de campanha de arrecadação de pais e alunos. 

“A comunidade escolar pede que o policiamento faça rondas ou que a escola receba um vigilante para evitar novos saques. Na quarta-feira, vamos fazer um protesto e convidamos todos para somar forças com a gente. A situação está insuportável”, reclamou o professor Guilherme Matos.

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Professor Guilherme Matos: situação insuportável

Sala de onde levaram as chaves

Sala de onde levaram as chaves

O furto é o sexto registrado em dois meses. Nas outras vezes, os criminosos levaram uma televisão de LED, um aparelho de DVD e  uma caixa de som. Para evitar mais perdas, os professores estão levando material didático para casa.

“Não tem como deixar impressoras, data-show e notebooks na escola, então decidimos levar esses materiais para casa porque do jeito que está qualquer dia vamos chegar e encontrar só a escola”, disse Matos.

Armários da sala da direção foram arrombados em busca de objetos de valor

Armários da sala da direção foram arrombados em busca de objetos de valor

Bandidos tentaram levar o máximo de objetos de valor que estavam ao alcance

Bandidos tentaram levar o máximo de objetos de valor que estavam ao alcance

A escola Coelho Neto tem 780 alunos matriculados no ensino fundamental I e II e Educação de Jovens e Adultos (EJA). A comunidade escolar decidiu fazer manifestação na próxima quarta-feira, 16, para suspender as aulas até a escola ter uma providência da Secretaria de Educação (Seed).

Raimunda Virgulino

Outra escola que também sofreu com ação de bandidos neste fim de semana foi a Escola Estadual Raimunda Virgulino, localizada no Bairro das Pedrinhas. Lá também foi a sexta ação dos bandidos, mas desta vez apenas uma sala foi arrombada. Porém, o trabalho dos estudantes que estava exposto na escola foi destruído.

Na Raimunda Virgulino, o trabalho dos estudantes foi depredado

Na Raimunda Virgulino, o trabalho dos estudantes foi depredado

“Dessa vez não tivemos muitas perdas, mas ficamos com medo porque estamos sem direção de onde ir. Aqui já fizemos paralisações, mas nada foi feito e vamos ficar assim até quando”, questionou a professora Adriane Rodrigues Nascimento, que trabalha na escola há seis anos.

A escola, que tem mais de mil alunos do ensino médio e EJA, decidiu que por hoje as aulas serão suspensas. Os professores devem reunir com a comunidade para tomar uma decisão.

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Professora Adriane Rodrigues: até quando?

“Não aguentamos mais isso. Toda semana tem escola arrombada e o governo não faz nada. Já não bastasse a falta de merenda e estrutura nas escolas, temos que enfrentar também a insegurança e os furtos”, disse o aluno Paulo Dias.

Segurança Escolar

A Seed informou que duas licitações estão em pleno andamento para a segurança nas escolas. A primeira é sobre a contratação de empresa especializada para a prestação de serviços de instalação, locação e manutenção de segurança eletrônica integrada, através de sistema de circuito fechado de tv, e sistema de alarme com cobertura de seguro patrimonial.

Escola Ramunda Virgulina. Monitoramento somente em janeiro, segundo Seed

Escola Raimunda Virgulina. Monitoramento somente em janeiro, segundo Seed

Já o segundo é um monitoramento presencial nas escolas, que também está ocorrendo. Ambos só devem ser concluídos em dezembro e implantados em janeiro de 2017. Até lá, as escolas continuam sem vigilância

Seles Nafes
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