ANDRÉ SILVA
Um fotógrafo amapaense contemporâneo que capta o comportamento humano com suas lentes. Ele começou a fotografar na universidade e se dedica a aprender mais. Manoel Raimundo Fonseca já tem dois prêmios na bagagem e estará na exposição “Revoada das Cores”, da galeria virtual Arteamazon.com, nesta quinta-feira, 10, no Amapá Garden Shopping.
“MR Fonseca” tem 54 anos, é nascido e criado no Bairro do Trem, área central de Macapá. A família veio das ilhas do Pará. Casou cinco vezes, mas teve apenas uma filha.
Ele começou a fotografar em 1985, quando ainda cursava Geologia em Fortaleza (CE). Lembra que na época ocorria uma greve na universidade e que com uma câmera fotográfica da marca ‘Olimpus Pen’ registrou maior parte do evento. Foi sua primeira cobertura fotográfica de um acontecimento.
“A partir dali, com o tempo fui adquirindo equipamentos. Eu tinha uns 21 anos”, lembra.
Para o artista, o advento da fotografia digital foi o divisor de águas no mundo para os fotógrafos, e isso o instigou a estudar sobre o assunto. Ele destaca quatro grandes momentos da fotografia no mundo.
O primeiro momento foi quando aconteceu a popularização da maquina pela Kodak; segundo, o lançamento das máquinas de 50 milímetros; o terceiro foi o aparecimento da câmera digital; e o quarto momento fica por conta dos programas que editam as fotografias.
“O grande marco da fotografia na minha vida foi quando adquiri uma máquina profissional, uma DSRE, foi quando comecei a estudar sobre o assunto. Precisava entender como funcionava a captação da luz, o melhor momento para fotografar, a melhor luz e o melhor horário”, disse referindo-se ao ano 2013, quando participou de um curso profissional no Instituto de Fotografia Internacional no Rio de Janeiro.
Inspiração
Ele conta que começou a se interessar realmente pela arte da fotografia acompanhando a revista National Geographic.
“Eu via aquelas fotografias feitas por fotógrafos famosos. Eles fotografavam a vida selvagem, a natureza. Ali eu percebi que uma pessoa que não tem preparo e que tem um olhar simples, não poderia chegar aquela perfeição”, lembra. A partir daí, ele começou a se envolver nos estudos para dar melhor qualidade a seu material.
Fonseca fala que é influenciado pela fotografia contemporânea e acompanha muito o trabalho de outros artistas, como Trey Ratcliff, fotógrafo norte americano.
Hoje ele se dedica à fotografia documental, e tem como inspiração a vida das pessoas. Recentemente esteve em Ferreira Gomes (município de 135 quilômetros de Macapá). Direcionou as lentes para as pessoas que tiveram perdas na enchente que assolou o município em 2015, proveniente das hidrelétricas ali instaladas.
Já ganhou dois prêmios. O primeiro foi em 2013 com uma paisagem do Rio de Janeiro, e outra em 2014 que teve como tema o Equinócio. Fonseca fez todo o processo de evolução do fenômeno natural.
A exposição Revoada das Cores termina no próximo domingo, 20.