ANDRÉ SILVA
A ocupação do Distrito Sanitário Especial Indígena Amapá e Pará (Dsei), já dura quase trinta dias. Os indígenas dizem que suas reivindicações não estão sendo atendidas e que não há prazo para deixarem o prédio.
Na semana passada, uma comitiva de indígenas das quatro etnias que ocupam o prédio do Dsei no Amapá esteve em Brasília tentando audiência com representantes do governo no dia 22, terça-feira, mas não foram recebidos. Sem respostas, eles continuam ocupada o prédio da sede, no Bairro do Trem.
Até o início dessa semana os funcionários não estavam indo trabalhar porque, supostamente, os índios estavam os impedindo de entrar no prédio. Os manifestantes desmentem e dizem que nunca impediram que os servidores entrassem no local que já esteve ocupado por mais de 100 indígenas.
“Nunca impedimos que eles entrassem. Não é essa a intenção. Queremos saída da coordenadora e já nos foi prometido isso. Até semana que vem estará no diário oficial o nome do próximo coordenador para nós sairmos”, explicou Seki Waiãpi um dos líderes da ocupação.
A atual coordenadora do distrito, Vanderbilde Marques, estava no prédio mas não quis gravar entrevista. Ele estava reunida de portas fechadas com representantes do Parque do Tumucumaque.
Os índios aderiram a um movimento nacional que pede a revogação da portaria 1.907/16 do Ministério da Saúde, emitida no dia 17 de outubro, que extinguiria a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).