SELES NAFES
A Unidade de Proteção Animal Costelinha (Upac), ong de defesa dos direitos dos animais, resgatou uma gata de aproximadamente seis meses que teria sido estuprada por um preso no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). A gata teve graves sequelas, como a perfuração do intestino.
A entidade foi informada por agentes penitenciários da Guarnição Bravo que havia uma gata com sinais de que havia sofrido violência sexual, e estava com perda de sangue.
“Quando chegamos lá, encontramos com a gata ainda suja com sêmen e sangramento pelo ânus”, lembra o presidente da ong, Victor Hugo, eleito vereador este ano pelo PV.
O Iapen tem uma superpopulação de gatos. a Upac estima em mais de 800 esse número. Tradicionalmente, a direção do instituto sempre permitiu a presença dos animais porque eles ajudam no controle de doenças provocadas por ratos, especialmente a leptospirose.
A gatinha, chamada de Ariel, estava vivendo no pavilhão F2, onde ficam os presos condenados por estupro. O animal recebeu os primeiros socorros da ong, foi internado em uma clínica veterinária de Macapá.
Os olhos do animal também estão tomados por uma infecção.
“Sabe lá o que ela contraiu lá dentro”, observa o voluntário.
Por enquanto, a prioridade é tentar salvar a vida da gata. Entretanto, como se trata de maus tratos, a ong analisa a possibilidade de pedir formalmente a retirada de todos os gatos do presídio.
Em janeiro, a ong pretende retirar todos os gatos do sexo feminino do presídio, castrar e deixa-los no abrigo da entidade.