Preso na “Operação Marajó” era apenas cozinheiro do barco, diz advogado

Advogado diz ainda que a decretação da prisão não cumpriu os ritos necessários
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SELES NAFES

O advogado de um dos acusados de integrar uma quadrilha de roubo de gado presa na “Operação Marajó” garante que seu cliente apenas cozinhava no barco sem saber que os contratantes teriam envolvimento com crimes. O advogado Gilmar Rabelo viajou neste domingo, 20, para Belém, onde vai pedir a liberdade de Diogo Sarmento Júnior.

Diogo Júnior aparece em pé à esquerda na foto tirada no Ciosp do Pacoval, para onde os acusados foram levados depois do cumprimento de mandados de prisão temporária decretados pela comarca de Soure (PA), no Arquipélago do Marajó. 

“A prisão foi ilegítima. O juiz de Soure teria que ter comunicado a comarca daqui para que a prisão fosse autorizada. Policiais do Pará vieram aqui efetuar a prisão dele. O Diogo possui emprego há mais de 1 ano e com carteira assinada (em Macapá), além de residência fixa. Por isso, a prisão não preenche os requisitos legais”, avalia o advogado.

À esquerda em pé, Diogo Júnior seria apenas o cozinheiro do barco. Foto: Olho de Boto

À esquerda em pé, Diogo Júnior seria apenas o cozinheiro do barco. Foto: Olho de Boto

Além disso, Rabelo diz que Diogo Júnior era apenas o cozinheiro do barco, e que nas horas de descanso da tripulação ele também pilotava a embarcação. O advogado garante que o cliente acreditava que a atividade dos acusados se tratava de comércio legal.

“Ele não sabia que se trava de furto”, assegura. 

Diogo Júnior e mais quatro pessoas foram presas no último dia 19 por ordem da justiça do Pará. Um sexto acusado, o cabo da PM do Amapá, Alex Dias, também teve a prisão decretada, e se apresentou com o advogado Maurício Pereira.

O grupo é acusado de roubar gado em propriedades ribeirinhas da região do Marajó. Todos foram recambiados para Belém no mesmo dia.

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