HUMBERTO BAIA
Vila Velha do Cassiporé, comunidade de Oiapoque, localizada a 140km da sede do município, realizou no último sábado, 19, o II Festival da Melancia.
A vila é uma das comunidades mais antigas da região, e abriga sítios arqueológicos dento da área do Parque do Cabo Orange.
Vila Velha era isolada do restante de Oiapoque, sendo possível chegar apenas de barco. Há três anos, um ramal foi aberto com apoio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
A comunidade é um assentamento com 170 famílias e a maior parte produz melancia, as margens do Rio Cassiporé.
Pelo menos 60 mil melancias são produzidas na safra, sendo que cerca de 60% dessa produção se perdia nos campos antes do ramal. Agora, apenas uma pequena parte se perde, de acordo com o presidente da associação dos moradores, Sebastião Pinheiro.
Em sua segunda edição, o festival é organizado pelos moradores e pela prefeita eleita, Maria Orlanda.
Durante o evento, acontecem atividades como torneios de futebol e desfile de miss melancia.
“A ideia é dar mais visibilidade para as comunidades distantes e potencializar o turismo na região, que também é conhecida pelo cacau nativo de boa qualidade” diz Maria Orlanda.
Zenobio Barbosa é professor na comunidade há 27 anos pelo município. Ele diz que há muito tempo a paisagem era a mesma e que com a chegada do ramal, mudou tudo.
Durante os 3 dias de festa nenhuma ocorrência de violência foi registrada.