2016: um ano que não vai deixar saudades em Laranjal do Jari

Prefeitura passa por alternância de prefeitos e servidores não recebem há quase cinco meses
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DA REDAÇÃO

A Promotoria de Justiça do município de Laranjal do Jari, a 260 quilômetros de Macapá, no sul do Amapá, expediu recomendação para que a prefeitura regularize os salários dos servidores, contratos administrativos e o pagamento de pequenos fornecedores.

A cidade vive uma das piores crises econômicas de sua história, principalmente por causa dos embates políticos. A população de aproximadamente 70 mil habitantes viu seis prefeitos diferentes ocuparem o cargo nos últimos quatros anos por conta de liminares.

A atual prefeitura, Nazilda Fernandes (PMDB), está no cargo por força de uma decisão judicial. Na semana passada, servidores ocuparam a prefeitura exigindo a renúncia da prefeita e chegaram a queimar pneus nas ruas.

Márcio Serrão: prefeito assumirá cidade em crise aguda. Foto: Seles Nafes

Márcio Serrão: prefeito assumirá cidade em crise aguda. Foto: Seles Nafes

São mais de 200 servidores que não recebem os salários desde outubro e nem sabem quando irão ver o 13º salário. Também existem dezenas de profissionais em contratos administrativos na mesma situação.

A recomendação do MP foi emitida na última quarta-feira, 28, pelo promotor Rodrigo César Assis.

 “O inadimplemento no pagamento da folha de servidores se torna ainda mais dramático em dezembro, período de festas, comemorações e viagens, frustrando as famílias envolvidas em poderem desfrutar com o mínimo de conforto das festas de Natal e réveillon”, ressaltou Rodrigo Assis.

Nazilda Fernandes se mantém no cargo por decisão judicial

Nazilda Fernandes se mantém no cargo por decisão judicial

A recomendação é para que a prefeitura atualize os salários em função do encerramento do atual exercício na prefeitura. A partir de 1º de janeiro, a cidade será administrada pelo prefeito eleito Márcio Serrão (PRB), que vai pegar um município destroçado.

O MP solicitou ainda que sejam pagos os pequenos fornecedores com créditos de até R$ 10 mil. Em caso de desobediência, o MP deve processar a atual prefeita.

Foto de capa: Dalton Pacheco

Seles Nafes
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