DA REDAÇÃO
A partir do início do ano letivo de 2017, oito escolas da rede estadual de ensino do Amapá passam a ofertar educação em tempo integral no ensino médio. O Estado aderiu ao programa do Ministério da Educação (MEC) que fomenta a iniciativa com o objetivo de melhorar os indicadores de desempenho das escolas.
Serão cinco escolas em Macapá e três em Santana as contempladas com a nova modalidade de ensino. Na capital, as unidades que ofertarão o modelo são as seguintes: Tiradentes, Raimunda Virgolino, Maria do Carmo Viana dos Anjos, Colégio Amapaense e José Firmo do Nascimento. Já no segundo município mais populoso do estado, as escolas que passam a ter ensino em tempo integral são: Augusto Antunes, Alberto Santos Dummont e Elizabeth Picanço Esteves.
Deverão ser inscritos na primeira fase do programa no Amapá 1.325 alunos. Para trabalhar no novo sistema, 128 profissionais entre professores, coordenadores pedagógicos, e equipe gestora receberão treinamento para atuar de acordo com a metodologia adotada pelo Programa do MEC.
O horário de aula das oito escolas de tempo integral do Amapá será das 7h30 às 17h. A carga horária deve ser de, no mínimo, 37,5 horas semanais (7h30min diárias), que funcionará da seguinte forma: um mínimo de cinco horas de aulas de língua portuguesa, cinco de matemática e oito horas destinadas a atividades da parte flexível do currículo. Além de 19,5 horas para as demais disciplinas obrigatórias e optativas.
Das oito escolas selecionadas para integrar o programa, três delas (Colégio Amapaense, Raimunda Virgolino e Tiradentes) foram deferidas com ressalvas pelo MEC, para adequações de infraestrutura. As outras foram aprovadas pelo Ministério.
“O projeto é inovador e amplia as perspectivas de autorrealização e exercício e uma cidadania autônoma, solidária e competente”, disse a secretária de Educação, Goreth Sousa.
A secretária disse ainda que a medida será direcionada à melhoria da oferta e da qualidade do Ensino Médio na rede pública do Estado do Amapá, tornando a escola mais atrativa.
A Secretaria de Estado da Educação (Seed) criou uma equipe multidisciplinar, que inclui especialistas pedagógicos, de gestão e de infraestrutura. O grupo de trabalho está recebendo a consultoria do Instituto Sonho Grande e do Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE), que têm como objetivo apoiar a implantação, com suporte no planejamento, execução e mensuração de resultados.
Investimento
Para se manter no programa, cada escola receberá do MEC R$ 2 mil ao ano por aluno. O montante anual será administrado para despesas de manutenção e desenvolvimento das escolas participantes. Além disso, haverá contrapartida do Estado para merenda, material de consumo, pagamento de docentes e infraestrutura das unidades.