de Santana, FERNANDO SANTOS
Dezenas de mulheres participaram da 13ª edição da “Marcha das Josys” no município de Santana, a 17 quilômetros de Macapá. A caminhada, prevista até em lei municipal, tenta conscientizar a população sobre a violência contra a mulher.
Com cartazes nas mãos, donas de casa, educadoras, estudantes, enfermeiras, psicólogas e outras profissionais, circularam pelas ruas de Santana.
“Nós precisamos conscientizar homens e mulheres. A Marcha das Josys é um mecanismo de enfrentamento desse tipo de violência.
“Nós precisamos conscientizar homens e mulheres. A Marcha das Josys e um mecanismo de enfrentamento desse tipo de violência. Vamos sempre continuar nesta luta. A mulher precisa denunciar mais”, convocou Ana Sanches, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.
A Marcha das Josys deste ano foi organizada pelo Centro de Atendimento à Mulher e à Família (Camuf) em parceria com o Conselho dos Direitos da Mulher.
“Esse enfrentamento só será possível se toda a sociedade participar. É necessário o empenho de homens e mulheres para o fim da violência”, informou Adriana Duarte, coordenadora do Camuf.
A marcha passou a ser realizada depois do assassinato de Josicléia Guimbal, de 30 anos. Ela foi morta a facadas em 2003 pelo companheiro num crime presenciado pelo filho do casal. O assassino não aceitava o fim do relacionamento.
Este ano, segundo o Camuf, 137 mulheres entre 18 anos e 50 anos sofreram violência no município de Santana. Os dados não refletem a realidade porque muitas ainda não denunciam.
Os tipos de violência mais comuns
Moral, física, sexual e patrimonial.
Quem pratica
Marido, ex-marido, namorado, filho e irmão
Motivo alegado pelas vítimas
Drogas (lícitas e ilícitas), desemprego, incompatibilidade, traição e companheiros que não aceitam o fim do relacionamento.