OLHO DE BOTO
A Polícia Civil de Macapá decidiu declarar guerra ao tráfico de drogas em espaços públicos, especialmente as praças. Até mesmo as mais próximas do Centro da cidade são utilizadas como pontos de venda. Numa delas, o famoso Largo dos Inocentes, a Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) fez operação e conseguiu prender um traficante.
A intervenção ocorreu no início da noite desta quarta-feira, 14, atrás antiga Igreja de São José de Macapá, no Centro Comercial. O local é o reduto do tradicional bloco carnavalesco “O Formigueiro”, e onde funciona também a sede da Confraria Tucuju, entidade que organiza festejos em datas importantes do calendário cultural e histórico de Macapá.
“Estávamos investigando durante todo esse mês, dando atenção a esses pontos onde tem muita denúncia, e entre esses pontos estão as praças”, explicou o delegado Sidney Leite, titular da DTE.
“Há uma comercialização intensa como se fosse liberado o consumo de drogas, especialmente no Centro de Macapá. Estavam muito à vontade, ao lado de um shopping, perto de pessoas trabalhadoras”, acrescentou.
Na “Operação Formigueiro”, foram presos dois homens e apreendido um adolescente de 17 anos que portava uma garrucha caseira. Segundo a polícia, o rapaz trabalhava para o traficante identificado como Genilson Pantoja Alves, de 41 anos, o “Malária”.
Malária é ex-detento do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) onde cumpriu pena por homicídio. Um usuário também foi conduzido para o Ciosp do Pacoval.
A prisão ocorreu no momento da venda. Os policiais não encontraram grandes quantidades de drogas, mas consideraram a operação bem sucedida.
“Tiveram sorte, porque momentos antes houve uma abordagem da Polícia Militar e eles correram e esconderam as drogas. Mas retiramos de circulação o traficante”, comemorou o delegado.
Praças
Uma das preocupações da Polícia Civil é o comércio de drogas em espaços públicos, neste caso as praças.
Durante o mês de monitoramento no Formigueiro, os agentes filmaram e fotografaram os usuários comprando drogas no local. Muitos eram estudantes ainda uniformizados.
“Vamos provar ao Judiciário toda a ação desses criminosos através de fotos e filmagens. Se voltaram a esse local serão presos, e estamos de olho nas praças da Bandeira e do Barão, onde também há relatos da sociedade de que existe comercialização”, finalizou o delegado.