ANDRÉ SILVA
A Ponte Washington Elias dos Santos foi inaugurada na tarde desta segunda-feira, 12. Segundo a Polícia Militar, aproximadamente 10 mil pessoas acompanharam a cerimônia de abertura da ponte que integra o município de Mazagão com o restante do estado.
Ela vai facilitar o escoamento da produção de pequenos agricultores como Leonardo Santos, conhecido na região como “Léo das Polpas”. Para ele, a ponte inaugura um novo tempo na economia da comunidade de Anauearapucu, área de assentamento na zona rural de Santana.
“Será muito importante não só para a nossa região que é Anauearapucu, quanto para o Mazagão, Macapá e todo o estado. Com essa ponte, nós poderemos distribuir nossas produções. Sem essa ponte nós não tínhamos condições nem de levar um trator para trabalhar na nossa área por exemplo, agora sim”, disse satisfeito o produtor.
A ponte, com mais de 690 metros de comprimento, vai encurtar a viagem que era de até 4 horas, por causa da travessia que era feita em balsas.
Por 43 anos, as embarcações foram utilizadas no transporte de mais de 5 mil pessoas e veículos, diariamente. Para alguns balseiros, o futuro é incerto.
“O governo vai demitir a gente e recontratar de novo, mas não todos. Acontece que uma dessas balsas vai pro Laranjal do Jari e a outra vai para Santana. As outras duas nós não sabemos”, lamentou o balseiro Fernando de Melo Braga, de 32 anos. Ele trabalhava há quase dois anos no local.
A área em torno da ponte concentra várias empresas de transporte marítimo e o Distrito Industrial de Santana. Para o governador do Estado, Waldez Góes (PDT), ela inaugura dias melhores para a economia, tanto do estado como para os municípios que se interligam a partir de hoje.
“Com certeza daqui a um ano, nós vamos comemorar muitos benefícios na economia, frutos desse investimento. Isso cria um clima novo, uma motivação para os investidores e para a sociedade”, destacou o governador.
Após o pronunciamento em palanque, o governador seguiu em caminhada por toda a extensão da ponte acompanhado por assessores, secretários de governo, parlamentares, representantes do município de Mazagão e imprensa.
A obra que iniciou em 2013 passou por paralisações e custou cerca de R$ 100 milhões.