OLHO DE BOTO
O micro-empresário Raimundo Nonato dos Santos de Freitas, 50 anos, foi encontrado morto dentro de sua residência, durante a manhã desta quarta-feira, 21, no Bairro Cidade Nova. Seu corpo foi encontrado no chão do quarto, amarrado nas mãos e nos pés, e com um pano cobrindo a cabeça.
Raimundo era proprietário de uma empresa de conserto de material hidráulico, localizada no Bairro do Pacoval, e estava desaparecido desde terça-feira, 20.
Ele chegou a combinar na segunda com um funcionário do negócio que estaria cedo para trabalhar, mas não apareceu. Estranhando o sumiço do chefe, o funcionário ligou para a família, que decidiu acionar a polícia.
Dentro de sua residência, na Rua São Bráz, móveis e objetos foram encontrados revirados, bem como a cozinha. A família notou a ausência de aparelhos eletrônicos, como a televisão, jóias e dinheiro da vítima. Os familiares disseram para a polícia que Raimundo Nonato guardava valores recebidos no empreendimento em sua casa.
“Sabendo dessas informações, provavelmente entraram no imóvel para levar esses valores”, disse o advogado da família, Marcelino Freitas.
O advogado disse ainda que a vítima morava só, ao lado de uma irmã. Outros irmãos de Raimundo moram próximos do local.
O empresário foi visto pela última vez na segunda-feira, dia 19. Ele estava na casa de um irmão.
Possível latrocínio
Para o delegado Ronaldo Coelho, da Delegacia de Homicídios, tudo leva a crer que o caso se trata de latrocínio.
“Há informes de que a vítima guardava dinheiro em casa e tinha uma vida de solteiro. Essas pessoas que conviviam com ela poderiam ter acesso a casa e seriam sabedores dessa informação e por isso poderiam, infelizmente, ter cometido esse crime”, comentou o delegado.
O policial explicou ainda que a investigação procura por impressões digitais porque a vizinhança não conseguiu informar a presença de ninguém no local nos últimos dias. Não há câmeras de segurança na casa da vítima, nem na de vizinhos.
“O telhado quebrado da residência, perto de um alçapão, leva a crer que esse foi o local da invasão e que a pessoa ou as pessoas que invadiram conheciam o imóvel”, destacou o delegado Ronaldo Coelho.
Ainda de acordo com o delegado, já há pistas de possíveis suspeitos, mas as informações não podem ser repassadas para não comprometer a investigação.