ANDRÉ SILVA
Os professores efetivos e de contrato administrativo além de catraieiros que transportam crianças de comunidades rurais do Município de Mazagão, a 32 quilômetros de Macapá, estão com os salários atrasados. Há casos em que os atrasos chegam a até cinco meses. Eles estão programando uma manifestação para esta quarta-feira, 28. Muitos nem tiveram ceia de natal.
O vice-presidente da executiva municipal do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá (Sinsepeap), em Mazagão, Manoel Gonzaga Pinheiro da Costa, informou que os professores efetivos estão há dois meses sem receber os vencimentos de outubro e novembro, os de contrato administrativos há cinco meses e os catraieiros há seis meses, a metade deles já desistiu dos contratos por não terem mais esperança em receber, segundo o Manoel Gonzaga.
O sindicalista denunciou também, que metade das escolas não fechou o ano letivo.
“Para você ter uma ideia, 80% das escolas não fecharam o ano letivo. Têm escolas com 70 dias letivos, 80, e a lei diz que tem que ser 200. Esse natal foi uma tristeza aqui em Mazagão”, protestou Gonzaga.
Ao todo, são 152 professores efetivos: 30 do contrato administrativo, 20 auxiliares educacionais como, merendeiras e vigilantes, e 80 catraieiros que fazem transporte de crianças da zona rural do município.
“Passamos o natal mais triste da vida. Já pensou passar o natal sem dinheiro, sem ter o que comprar para nossos filhos? Nessa época, eles nos cobram sapato, roupa. A gente se vira com a ajuda de amigos e parentes. Para nós que já estamos há dois meses sem receber imagina os catraieiros que já estão há cinco? Já pensou? Acho que foi o pior natal dos Mazaganenses”, disse a professora Ana Queiroz.
O salário de um professor no município é de R$ 2.400,00. Eles estão organizando uma confraternização e um protesto com todos os profissionais da educação do município nesta quarta-feira, 28.
Há um mês eles realizaram um protesto e ficaram paralisados por vários dias. Em passeata eles caminharam por varias ruas do município com cartazes e faixas, pedindo providencias ao prefeito.
Foto destaque: enviada por professores