DA REDAÇÃO
Servidores estaduais dos quadros das secretarias de Educação, Saúde, Administração, dentre outras, estariam acumulando indevidamente cargos públicos no Amapá e em outros estados, como o Pará. É o que investiga a Delegacia Especializada em Crimes Contra a Fazenda Pública (Defaz).
No inquérito aberto pela delegacia, há um caso de duplo vínculo empregatício em que um servidor recebeu até R$ 700 mil irregularmente. A Polícia não informou o número de servidores envolvidos no escândalo.
A Defaz apura informações sobre o caso há 6 meses, após o recebimento de denúncias anônimas realizadas na Delegacia Geral de Polícia Civil do Amapá (DGPC).
De acordo com o delegado Flávio Roberto Souza, responsável pelas investigações, a situação é preocupante porque causa prejuízo ao erário público, pois esses servidores estão fora do estado e recebendo sem trabalhar.
“Isso causa um grande problema no atendimento destinado à população, e é considerado crime de peculato e improbidade administrativa”, disse o delegado.
As fraudes já foram descobertas em duas secretarias estaduais, de acordo com as investigações. Em outras instituições que também são alvo das denúncias estão sendo feitos levantamentos de informações.
Há situações de servidores trabalhando em empresa privada e em outras unidades federativas. Além de irregularidades na folha de ponto.
Força-tarefa
Chefes imediatos, superiores e servidores suspeitos estão sendo investigados nas várias frentes de atuação da força-tarefa da Defaz.
“Serão analisados caso a caso, porque existe situação em que o servidor está de licença médica, prêmio, licença para aperfeiçoamento, à disposição, enfim, vamos cruzar dados e descobrir de que forma esses servidores vêm recebendo proventos indevidos”, explicou o delegado Flávio Roberto Souza.
Se comprovadas as irregularidades, os servidores serão responsabilizados por crimes de peculato e improbidade administrativa e ainda terão o pagamento suspenso.