DA REDAÇÃO
A primeira vítima fatal de febre chikungunya no Amapá, que morreu no Hospital Estadual de Santana, pode ter contraído o vírus em Macapá. O caso foi confirmado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) na quarta-feira, 28.
Segundo o informe epidemiológico divulgado pela Coordenadoria de Vigilância e Saúde (CVS) no site da Secretaria de Saúde do Estado, a mulher de 46 anos saiu da cidade de Macapá e passou pelo município de Mazagão, a 29 quilômetros da capital, antes de chegar a Santana, onde morreu pela infecção.
O boletim não diz onde a mulher contraiu a doença, apenas que ela residia em Macapá e ficou por 11 dias internada em Santana antes de morrer.
Até o dia do anúncio da morte, no início desta semana, Santana apresentava 10 casos confirmados da doença, Mazagão não registrou casos, e Macapá é o município que mais tem ocorrências da infecção, 109 confirmações.
Um funcionário da CVS que participou da investigação do caso, e não quis se identificar, entrou em contato com a produção do portal SELESNAFES.COM na tarde desta quinta-feira, 29, por meio de mensagens no aplicativo Whatsapp. Ele contou detalhes da investigação e afirmou que:
“Após a investigação realizada com base no novo protocolo de investigação por arbovirose, usado para investigar casos de dengue, chikungunya e zika, realizada pela equipe técnica do Ministério da Saúde, do Estado e do município de Macapá, chegou-se à conclusão que o município de infecção é Macapá e que o município de óbito foi Santana”, disse.
A produção do portal tentou entrar em contato com a CVS que não quis se pronunciar. A Sesa também foi procurada para falar sobre o assunto e disse apenas que todo o processo foi discutido junto ao Ministério da Saúde.
Chikungunya em números
Os primeiros casos da infecção foram registrados no município de Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá, que teve o maior número de casos confirmados em 2015, 947 ao todo. Naquele mesmo ano, Macapá confirmou apenas 7.
Já em 2016, entre 3 de janeiro e 24 de dezembro, os casos notificados da infecção chegaram a 1.103 em todo o Amapá, com confirmação de 171 casos.