Com obra parada desde 2009, “Glicerão” terá abraço de solidariedade

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ANDRÉ SILVA

Ex-jogadores de futebol do Amapá estão organizando um grande ato no sábado, 4 de fevereiro, em favor do Estádio Municipal Glicério Marques. Eles convidaram o prefeito de Macapá, Clécio Luis (REDE), deputados estaduais e vereadores, para darem explicações à população sobre a situação do estádio que está com a obra da arquibancada parada desde 2009, e que completou 67 anos no dia 15 de janeiro.

O estádio é considerado pelos jogadores patrimônio histórico e cultural do Amapá. Mais antigo que o Maracanã, o Glicério Marques passa por seus piores momentos, segundo o grupo. A obra, fruto de uma emenda parlamentar, está interditada por recomendação do Ministério Público desde 2009, de acordo com informações da Prefeitura de Macapá.

Tiaguinho, presidente da associação, conversa com jovens jogadores. Futuro ameaçado. Fotos: André Silva

Tiaguinho, presidente da associação, conversa com jovens jogadores. Futuro ameaçado. Fotos: André Silva

“Esse lugar poderia servir de ponto turístico. Este estádio é mais antigo que o Maracanã e a gente fica triste porque muitos estádios tão antigos quanto o Maracanã já passaram por grandes reformas e o Glicério não”, lembrou Odemar Coutinho, conhecido como ‘Badela’.

Ele atuou nas divisões de base de times amapaense e foi jogador por times da Guiana Francesa.

Mesmo em condições precárias, atletas treinam no estádio

Mesmo em condições precárias, atletas treinam no estádio

Estrutura das arquibancadas está ameaçada

Estrutura das arquibancadas está ameaçada

Agora, a Associação de Ex-jogadores de Futebol do Amapá, fundada no ano passado,  está organizando um ato para o dia do aniversário de Macapá, que vai completar 259 anos. Eles querem dar um grande abraço no estádio, simbolizando o amor da cidade pela arena.

Além do abraço, eles querem aproveitar o momento para conversar com as autoridades que foram convidadas a respeito da situação do estádio.

Obra está parada desde 2009

Obra está parada desde 2009

“A intenção é que eles nos ajudem. Ninguém está convidando eles para virem aqui para brigar, muito pelo contrário, o que queremos é que eles esclareçam a atual situação do estádio”, ressaltou Edson Canudo, ex-jogador de futebol. Ele atuou em vários clubes de Macapá e nas divisões de base de times da capital.

Eles querem saber a respeito do destino dado a emenda parlamentar que foi destinada para a construção das arquibancadas e que hoje, devido a ação do tempo, estão com a estrutura de vergalhões totalmente enferrujadas.

“Queremos saber o motivo da obra ter parado e qual a possibilidade de ser retomada”, completa Canudo.

Placar do Glicério Marques também sofre com a ação do tempo

Placar do Glicério Marques também sofre com a ação do tempo

Em um vídeo no local da obra, eles pedem a presença dos convidados e dizem que o Município e o esporte amapaense, perdem por ter um estádio tão rico em história fechado.

A programação está marcada para 8h e encerra ao meio-dia com o grande abraço em volta do estádio.

Treinos das categorias de base ocorrem em campo mal conservado

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Seles Nafes
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