SELES NAFES
A defesa do guarda portuário Samuel George Miranda, de 35 anos, preso por estupro de uma adolescente de 14 anos, afirma que havia um relacionamento amoroso entre seu cliente e a menor. Na semana passada, o Ministério Público do Estado denunciou o acusado à Justiça, iniciando o processo que antecede o julgamento.
O advogado Marcelino Freitas garante que o guarda portuário sempre dava caronas para a adolescente, e que eles mantinham relações sexuais consensuais e frequentes.
“O problema é que a família não gostou dessa relação por ela ter 14 anos e ele ser bem mais velho. Não foi estupro de vulnerável porque ela já tem 14 anos. Nossa tese é o consentimento para provar o fato atípico”, comentou o advogado de defesa.
No dia 16 de novembro, Samuel Miranda foi preso pelo Bope no Bairro do Laguinho, em Macapá, momentos depois de deixar a menor numa escola no Centro de Santana. A família chamou a polícia que encontrou no carro do acusado um tecido sujo com sêmen.
A menina disse que foi obrigada a fazer sexo oral e anal, o que foi confirmado por exame da Polícia Técnica do Amapá (Polietc).
O advogado de defesa do guarda garante que a menor foi induzida a confirmar em depoimento que ela teria sido forçada a praticar sexo.
“No próprio depoimento a menor estava insegura. Uma hora diz uma coisa, em outra hora dizia outra”, acrescenta.
Apesar disso, outras três vítimas acusam o guarda portuário também de estupro. Um dos casos foi contado pelo portal SELESNAFES.COM no dia 18 de novembro. Uma menor diz ter reconhecido a foto do guarda portuário em reportagens e disse à mãe que seria o mesmo homem que teria tentado sequestrá-la no Bairro Infraero, zona norte de Macapá.
Marcelino Freitas diz que seu cliente está sendo confundido.
“Aqui no Norte todos somos parecidos. Essa e outras meninas viram muito a foto dele na mídia, e acharam ele parecido. Apenas isso”, supõe o advogado.
Samuel Miranda segue preso no Centro de Custódia do Bairro Zerão. O advogado aguarda o julgamento do pedido de revogação da prisão preventiva decretada na audiência de custódia. O recurso será julgado pelo juiz Antônio Normandes, da 1ª Vara Criminal de Santana.