SELES NAFES
O deputado estadual Pedro Dalua (PSC) solicitou oficialmente nesta sexta-feira, 20, à presidência da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), escolta policial. De acordo com o parlamentar, o pedido foi motivado depois um alerta feito pelo próprio presidente da Alap, Jaci Amanajás (PV), sobre um possível atentado.
“O presidente me chamou e disse: ‘não vou dar o nome do santo, mas quero que você se resguarde porque vão querer lhe dar um susto. Vai ser em você ou em alguém da sua família’. Imediatamente eu solicitei a escolta”, justificou o deputado.
Além da conversa reservada com o presidente, o deputado diz que vem se sentindo ameaçado por mensagens com textos que teriam o objetivo de intimidá-lo. Os textos estariam sendo publicados nas redes sociais.
O deputado Pedro DaLua trava uma batalha particular contra o deputado Kaká Barbosa (PT do B) num conflito que começou com a guerra pela direção da Assembleia. A disputa foi marcada nos últimos meses por várias reviravoltas e decisões judiciais.
Kaká, eleito antecipadamente para a presidência em maio de 2016, foi destituído após renúncia coletiva e afastado das comissões, mas com duas liminares favoráveis sua posse estava garantida para 1º de fevereiro.
Contudo, na semana passada, a Justiça concedeu liminar a um mandado de segurança interposto por DaLua pedindo a suspensão da posse.
“Nesses tempos de luta contra a corrupção como é que vamos deixar um deputado com pelo menos uma dezena de processos comandar a Assembleia?”, questiona ele.
O portal SELESNAFES.COM falou com o deputado Kaká Barbosa, mas ele se limitou a dizer que desconhecia toda a situação envolvendo supostas ameaças ao deputado Pedro DaLua. Ele prometeu se posicionar mais tarde assim que saísse de uma reunião.
No início da tarde, o deputado designou o advogado Ruben Bemerguy para falar sobre o assunto.
“Puro folclore, isso. Não tem o menor sentido se ele (DaLua) imagina que é o deputado Kaká. A relação é absolutamente civilizada. É uma discussão judicial em uma seara e uma discussão jurídica em outra. Não tem violência pessoal. É discussão adulta. Isso tudo é uma bobagem”, concluiu o advogado.