Em meio a crise que envolve atraso de salários e décimo terceiro de servidores, os vereadores do município de Porto Grande, distante 100 quilômetros da Macapá, decidiram diminuir o percentual da verba indenizatória, usada para pagar despesas de gabinete.
A resolução assinada em sessão extraordinária nesta segunda-feira, 30, reduziu a gratificação do primeiro e segundo vice-presidente, do primeiro e segundo secretários de 50% para 40%, e do presidente de 100% para 60%. Os valores são calculados com base no salário dos vereadores, que hoje é de R$ 2,5 mil.
A baixa arrecadação do município no ano passado fez com que o valor do repasse para a Câmara, que é de 7%, saísse de R$ 89 mil mensal no ano passado, para R$ 63 mil esse ano.
Com a redução, os 11 vereadores que compõem a câmara do município decidiram por diminuir suas verbas indenizatórias de R$ 2,1 mil para R$ 1 mil.
“A gente entende que o município não passa por um bom momento, por isso decidimos em unanimidade diminuir as verbas. Com salários de servidores atrasados a melhor resposta que poderíamos dar seria essa”, argumentou o vereador Richardson (PP).
Ele disse que os salários de dezembro e o décimo terceiro dos servidores estão atrasados e que tentam junto a prefeitura resolver o problema.
Ainda pela manhã, servidores com salários atrasados chegaram a queimar pneus em frente ao prédio da prefeitura.