ANDRÉ SILVA
A tarifa de transporte público em Macapá, que teve o último reajuste em setembro de 2015, pode sofrer aumento ainda neste semestre. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá (Setap) está elaborando um estudo que será apresentado à Prefeitura de Macapá. A passagem de ônibus na capital amapaense, atualmente custa R$ 2,75.
O diretor de bilhetagem do sindicato, Artur Sotão, em entrevista ao portal SELESNAFES.COM , 20, disse que será inserido ao cálculo a data-base de maio de 2016, quando houve o aumento no salário dos funcionários das empresas de transporte. Junto a isso, uma previsão de aumento que acontecerá em maio deste ano. O valor do combustível desse período também será incluso.
“Depois de setembro de 2015 não houve mais aumento e tivemos que arcar com a data-base de maio de 2016. Por isso, estamos fazendo esse estudo e vamos inserir a previsão de quanto seria esse aumento da mão de obra para maio deste ano, para fazermos uma planilha bem consistente”, explicou Artur Sotão.
Segundo ele, a mão de obra que gira em torno de 44% e o combustível que chega a 21%, são os que mais oneram as empresas.
“São os índices que mexem muito com a planilha. Mesmo com o aumento do salário dos trabalhadores em 2016, nós seguramos o preço da passagem”, afirmou.
Ele não quis arriscar valor da nova tarifa, mas adiantou que o aumento também vai alcançar o transporte intermunicipal que teve reajuste em fevereiro de 2016.
O presidente da Companhia de Transito de Macapá (Ctmac), André Lima, disse que ainda não houve nenhuma notificação por parte do sindicato à companhia, e que assim que recebê-la, será direcionada ao Conselho Municipal de Transporte que ainda será instalado, e só então encaminhada para a Câmara de Vereadores que podem aprovar ou não o novo valor.
“É o conselho quem define a tarifa para não ocorrer o que ocorreu, que foi a justiça quem deu ganho causa ao Setap. Se o conselho define, a Câmara é quem vota”, explicou André Lima.
Investimentos
Uma renovação dos carros que estão rodando há mais de dez anos está prevista no estudo. O Setap avalia acessar uma linha de financiamento da Caixa Econômica Federal para fazer este investimento.