DA REDAÇÃO
Equipes da prefeitura de Macapá já retiraram nas últimas semanas 10 casas que estavam construídas sobre o Canal do Beirol, depois que as famílias foram transferidas para conjuntos populares. Mas há um grande problema: em alguns casos, os proprietários estão saindo, mas estão deixando outros parentes ocupando os imóveis, numa tentativa de forçar o poder público a ceder mais moradias em conjuntos.
O trabalho de demolição dos imóveis está sendo coordenado pela Defesa Civil Municipal, dentro de um planejamento que tem como meta desobstruir os canais para evitar os transbordamentos durante o período chuvoso. Ainda serão necessários demolir mais 20 residências em outros locais.
Na manhã deste sábado, 7, mais uma casa foi demolida, desta vez no trecho do Canal do Beirol que corta a Avenida Timbiras, na zona sul de Macapá. Nesse caso, o imóvel estava vazio, mas não é o que vem ocorrendo em outro canal no Bairro do Muca.
“A pessoa recebeu apartamento, mas mandou um parente ocupar a casa no canal. A casa provoca o alagamento com transtorno para 5 mil pessoas. A dona ganhou o apartamento, mas mandou o filho continuar ocupando. E ele já disse que só sai do imóvel se ganhar um apartamento também. Teremos que acionar o Ministério Público”, adianta o comandante da Guarda Municipal, Ubiranildo Macedo.
Enquanto a situação não é resolvida, a Defesa Civil, Semob, Guarda Municipal e outros órgãos seguem com o trabalho de demolição do “plano de inverno”, torcendo para não encontrar mais especuladores.