Professor de jiu-jitsu busca apoio para construir espaço de projeto social

O Geração Arte Suave já formou em dois anos de existência atletas campeões, mas necessita de sede e de doações para seguir tirando jovens da periferia do caminho das drogas
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CÁSSIA LIMA

Há dois anos com o projeto social de jiu-jitsu chamado Geração Arte Suave (G.A.S.), no bairro do Muca, o professor Mardem Brito Soares, 35 anos, agora busca ajuda para construir uma sede. Atualmente, o projeto tira 40 crianças e jovens da ociosidade e já mandou campeões para o estado de São Paulo.

O projeto é coordenado pelo professor, único voluntário e ex-aluno de Nelson dos Anjos. Ele que é socorrista da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Novo Horizonte, diz que usa o esporte para evitar que os jovens se envolvam com o mundo do crime.

Mardem Brito: único voluntário do projeto,

Mardem Brito: único voluntário do projeto, atividade visa ser alternativa para juventude da periferia. Foto: Cássia Lima

“Esse bairro é carente, perigoso e possui um forte tráfico de drogas. Eu vejo o esporte como uma mudança de vida. De tirar esses jovens da ociosidade, desse mundo da violência e dar valores e exemplos bons a se seguir”, acredita o professor.

Ele é quem banca todas as aulas, o material, alimentação e ensino dos jovens que vem dos bairros Universidade, Zerão, Araxá, Beirol, Buritizal e Laurindo Banha. As aulas ocorrem na calçada da casa dele, no Muca, de segunda à sexta-feira, de 20h às 22h.

“Agora, no período de chuva, ficamos às vezes sem aula porque não temos espaço. Com a sede podíamos treinar todos os dias e com os três turnos. Poderiam ser mais alunos também. Estou pedindo doação de qualquer tipo de material para ajudar na construção”, frisou.

Alunos do projeto venceram campeonatos dentro e fora do estado. Fotos: arquivo pessoal

Alunos do projeto venceram campeonatos dentro e fora do estado. Fotos: arquivo pessoal

A área que já foi doada para o projeto era de um terreno de Mardem Brito. O espaço mede 9x6m e já recebeu aterro. Faltam materiais de construção como cimento, tijolo, telha, areia e outros.O professor disponibilizou os números (96) 9.8112-8419 e 9.8408-6176 para quem puder ajudar com doações.

Além disso, há também a possibilidade de adotar um atleta para doações de roupas e cestas básicas, já que a maioria é carente. Muitos, inclusive, dividem quimonos “comunitários” pela falta do material.

“Precisamos de todo tipo de ajuda, inclusive de roupas, materiais de construção e até comidas para dar como lanche depois do treino”, destacou.

Além de doações para construção da sede, instrutor sugere adoção de atletas

Além de doações para construção da sede, instrutor sugere adoção de atletas

Campeões do projeto

O projeto já rendeu frutos, como o jovem Ayan Gonçalves Martins, 19 anos, e Yuri Handrix Assunção Soares, 21 anos, que começaram ainda adolescentes, aos 11 e 12 anos de idade. Ano passado os dois foram estudar, morar e treinar em São Paulo (SP), no bairro Ypiranga, num alojamento do projeto social Cícero Costha Lutando Pela Vida, desenvolvido em vários bairros da cidade paulistana.

Espaço em que treinos são realizados atualmente é improvisado

Espaço em que treinos são realizados atualmente é improvisado

Os amapaenses acumulam títulos em competições locais, regionais e nacionais. Yuri, por exemplo, foi vice-campeão Mundial de Jiu-Jitsu Esportivo, vice-campeão do Circuito ABC Paulista e campeão Faca na Caveira. Já Ayan, foi campeão da Copa Kings Categoria e Absoluto e campeão da Copa Faca na Caveira, em São Paulo.

Seles Nafes
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