GRAZIELA MIRANDA
Policiais, diretores e professores de escolas, além de representantes da comunidade estudantil participam nesta quinta-feira e sexta-feira, 13, do I Simpósio Estadual sobre Violência nas Escolas. O evento é realizado pela Polícia Militar do Amapá (PM-AP) em parceria com a Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp), através da Coordenação de Polícia Comunitária do Amapá.
O evento visa discutir e apresentar as ações realizadas pelo policiamento escolar em 2016, além de abordar temáticas relacionadas ao assunto.
“Nós estamos hoje completando um ano de implantação do Procedimento Operacional Padrão do Policiamento Escolar (Poppe). E estamos fazendo um levantamento de como foi essa implantação para sabermos como foi a atuação do policial militar e como foi a aceitação da comunidade escolar, por exemplo”, disse a major Marizete Magalhães.
O evento conta com mesas redondas e palestras de membros de diversas entidades, como Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), Conselho Tutelar, Delegacia Especializada na Investigação de Atos Infracionais (Deiai), Secretaria de Estado da Educação e Ministério Público do Estado do Amapá (MP-AP).
Para a diretora da escola Zolito Nunes, Raimunda Castro, esse simpósio é de muita importância para as escolas.
“Nós que trabalhamos nas escolas, sabemos que existe um alto índice de violência nesses locais. Mas a presença do policiamento escolar nos ajudou muito, pois percebemos a diminuição do uso de drogas e do índice de violência dentro da escola. Quando o policiamento foi criado, isso diminuiu muito”, declarou.
Para a tenente Vanessa, que comanda o policiamento escolar do 1º Batalhão da PM/AP, a padronização fortaleceu mais a parceria entre a polícia e a escola.
“Fizemos muitas ações, como palestras que realizamos nas escolas e ações preventivas que provocam no aluno a mudança de comportamento e atitude. Então esses resultados nos fortalecem cada vez mais”, afirmou.
De acordo com o capitão Jean Robert, a implantação do Poppe possibilitou a padronização da atuação da PM dentro das escolas.
“Antes disso, os policiais atuavam de maneira diferente um do outro. Cada um agia da maneira que achava a melhor possível, mas não havia uma padronização. Então fizemos um estudo baseado na Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), adaptamos e implantamos o curso de policiamento comunitário escolar, que serviu para padronizar os policiais que atuam na área”, explicou.
Um dos diferenciais da atuação dos policiais, segundo o capitão, é a abordagem e a sensibilização do aluno na escola, realizadas de maneira preventiva.
“Tudo isso é feito com o conhecimento de diretores e professores da escola, além dos pais dos alunos. Então essas ações só tem a contribuir muito com a segurança dentro das escolas”, concluiu Jean Robert.