De Oiapoque, HUMBERTO BAÍA
Muita gente não sabia que uma índia do Amapá é responsável pelo brilho de uma escola no desfile do Rio de Janeiro. Cris Carla Santos é da etnia karipuna e este ano está na Imperatriz Leopoldinense, escola do grupo especial do Rio.
A agremiação levou para a Marques de Sapucaí um dos mais ilustres caciques do Brasil , Raoni, famoso no mundo inteiro por estar engajado nas lutas preservacionistas.
Cris, como é conhecida no Rio através de seus trabalhos como artista plástica e representante indígena, diz que sua missão é levar essa cultura riquíssima do Norte para o sudeste do Brasil.
“Assim me sinto viva onde quer que eu vá”, resume a artista que mora no Rio há mais de 15 anos, e sempre é chamada para dar assessoria técnica quando o assunto são povos indígenas.
Na foto de capa, um dos carros da Imperatriz Leopoldinense transporta Raoni e outros índios. O desfile foi no último sábado, 25. Cris teve a oportunidade de descer para avenida a acompanhando a comitiva de Raoni.
“Saí da aldeia muito pequena, mas meus costumes indígenas estão sempre presentes no meu dia a dia”.
Cris está sempre portando um colar indígena. E já está com passagem marcada para Oiapoque, em abril, onde vai ministrar um workshop na Aldeia do Manga.