CÁSSIA LIMA
O aniversário de 259 anos de Macapá se concentrou com muita música e batuque na praça Floriano Peixoto, no Centro da cidade, na manhã deste sábado, 4. Não houve o tradicional bolo ou a pescaria no lago, mas mesmo assim a população compareceu para a festa cultural.
Ao longo de toda praça havia espaços de música, teatro, literatura, dança, feira artesanal e comidas. O prefeito de Macapá, Clécio Luis, que faz parte do cortejo do Banzeiro Brilho de Fogo, deixou uma mensagem especial para a cidade.
“Precisamos revitalizar esse Centro, nossa história e nossa cultura estão aqui e vamos recuperar tudo isso com nossas obras. Quero pedir aos macapaenses que o melhor presente é ajudar a cuidar. Uma cidade melhor depende de todos nós, vamos preserva-la”, frisou o prefeito.
Festa na Floriano Peixoto
“A gente veio só passear mesmo e dar uma volta no pedalinho. Bonito ver que a praça está sendo cuidada. A gente espera que continue assim”, disse a servidora pública, Geane Sousa, que trouxe toda a família para a festa.
Muitas pessoas foram atrás da pescaria no lago, mas como este ano não teve, acabaram ficando para prestigiar a festa que iniciou com apresentações às 9h e segue até a noite.
“Viemos atrás da pescaria. Aí acabamos ficando para prestigiar as apresentações que estão lindas. Vamos voltar sem peixe, mas bem felizes de morar nessa cidade que está começando a valorizar a cultura”, disse a dona Francisca Santos, que estava acompanhada de sua filha Gilvana Santos.
Na tenda literária ocorreu o lançamento e distribuição de autógrafos do livro “Marabaixo- através da História”, de Fernando Canto. Uma obra conjunta com a prefeitura de Macapá sobre o início do Marabaixo na cidade.
“Nosso objetivo com o livro é o mesmo para nossa cidade: preservar a memória. Isso é o mais importante. Precisamos preservar e manter vivo nosso passado para ajudar as próximas gerações a terem uma identidade artística e cultural”, ressaltou o escritor Fernando Canto.
Mas enquanto uns comemoravam, o movimento não foi o dos melhores para os ambulantes. Na área de alimentação não havia quase ninguém consumindo os alimentos. Os poucos clientes que apareceram foram para comprar água.
“Há 25 anos eu sou ambulante e acompanho as comemorações do aniversário da cidade. Hoje está devagar, até às 11h não vendi nada. Eu acho que vieram poucas pessoas e se tivesse a tradicional pescaria daria mais gente pra comprar comida e brinquedos”, disse o ambulante Tedy Farias, de 50 anos.
A programação segue na praça até à noite com apresentações culturais e artísticas.